30.3.03

Sea change

Dia lindo, lá fora. Como têm sido os dias, pra mim, há pouco menos de uma semana.
O céu de um azul incrível; os livros que queria ler, mas não tinha tempo, na cabeceira; as músicas que guardei para "ouvir outra hora", e agora me soam lindas, em ambiente de relativa calma; os telefonemas e cartas que prometi a tanta gente especial, e que (espero) vão consumir boa parte da minha solitária tarde de domingo.

Sim, está tudo quieto. No voices, TV desligada em protesto a essa programação podre do fim de semana (não que seja lá muuito diferente nos dias "úteis"), meu instinto culinário volta a dar aquele tapinha de 'vamos lá?' na costas. Um bom brigadeiro com avelãs pra começar.

Eita vidinha sem graça, não?

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Se for, foda-se. Como a mami me diria, "nós envelhecemos na cabeça, mais que no corpo"; talvez seja novamente os sintomas de senilidade me assolando a alma. Mas ainda não cheguei no estágio de alugar Mazzaroppi e congêneres pra ter um pouco mais de diversão. Nem tanto.

O que me dá umas ruguinhas de preocupação (além das outras que já despontam; não sou cega) são as constantes e poderosas oscilações de humor das quais sou invariavelmente acometida. Por isso que procuro fazer o mais prazeroso quando a tormenta ainda não chegou e passarinhos tilitam a minha mente. Lalá, lalá, lalá. É melhor compartilhar esse tipo de sentimento, sabe?

Mas eu não posso bancar a ignorante comigo. Hoje é, sim, domingo. E está faltando um monte de coisa aqui pro meu dia ficar realmente lindo, pô.
E essas baixas só via teléfono.Caramba.

Alguém podia ter a brilhante idéia de inventar telegramas humanos. É.
Um brigadeiro pela iniciativa, ok?

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random: Lost cause ― Beck




29.3.03

E a vida continua.
Reabastecida, claro



Hoje foi dia de carnificina - na churrasqueira, não nas mãos daquele médico psicopata-e-açougueiro. Te pegueei! (clique aqui para rir)
Agora só falta provar a beca, usá-la (com aquela faixa vermelho-sangue horrêvel) e resgatar o canudo de mãos administrativas.

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Meu fígado, enfim, dá mostras de que tem se tornado um menino obediente. Isso aí, mamãe gostou de ver!
(a bem da verdade que as resistências me causam um certo calafrio...)

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Parabéns à titi "oito anos mais velha" (cansei de ouvir a ladainha), jeito de irmã primogênita. Ainda bem que ela não lê as baboseiras que eu escrevo aqui (espero que odeie Google e afins, tbm), ou invocaria ainda de ser minha ombudsman. Iooou
Parabéns 2 ao Gui, este ser estranho, insistente do caramba e gente finíssima, com toda essa "estranheza". he.

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random: Egüinha Pocotó, Dança da Mãozinha, Ragatanga
e mais uma série de pérolas que a memória fez o misericordioso favor de esquecer.
Mala-gradecida!



28.3.03

It's all right

Dizem que felicidade é bom quando encontrada nas pequenas coisas, verdade? Não vou discordar. Deve ser mesmo ótimo você dever até as calças, ser traído pelo grande amor da sua vida, comer aquela trufa de maracujá bichada e, ainda assim, achar graciosas as garridas pombas que insistem em cruzar o seu caminho munidas de uma poderosa e certeira cloaca. E o melhor: você sorri para elas e agradece o dom da visão para contemplar cenário tão inspirador. Ah, o outono em nossos corações de marmota...

(nota: a seqüência é me-ra-men-te ilustrativa, graças a Deus)

Entretanto, em verdade, em verdade vos digo: isso é bom, mas nada melhor que se sentir feliz por algo que realmente lhe enche os olhos, custa um preço alto (vocês entenderam a conotação); enfim, daquilo que não é um mero detalhe no dia-a-dia sedento por um sorriso, que seja.

Quem acompanha este blog, assídua ou vezenquandamente (ihuu, professor Pasquale, me pega!), sabe do que estou falando. A ausência desses dias foi uma gosma de preguiça embasbacada da qual até agora penso não ter tido a real dimensão. Isso aí. Eu olhava meu filho e não lhe dava o devido valor; talvez por me lembrar das n dificuldades que enfrentei ao longo destes meses, para realizá-lo; talvez por simplesmente achar detalhes demais a serem consertados, suprimidos ou inseridos. Capítulos de dois dias, capítulos de duas semanas, noites de meia hora de sono, despedidas importantes (e a sensação nada inspiradora que fica depois delas), compreensão de uns, incompreensão de outros. Torcida de gente que eu mal conheço, mas que me parece tão próxima...

Resumindo (oh, a Janaina resumindo??), pequenos infantes que não vêem Xuxa, a quarentona, é o seguinte:

* Jornalistas Sob Controle - A Censura à imprensa de Londrina no Governo Militar Pós-64 foi apresentado, aprovadíssimo e tirou das minhas costas a charrete de paralelepípedos que eu sentia estar carregando, em certos momentos. "Tudo vale a pena, se a alma não é pequena", não? Pois bem, a minha está revigorada e do tamanho dum jogador de basquete (a alma, não o ego, ok?).

* A nível de perspectiva, enquanto futuro, a título de realização profissional, o livro-reportagem recebeu a indicação para ser publicado; isso vai acontecer depois de uma segunda revisão e edição.
Sem demagogia, até porque não uso esse espaço para mentir ou ludibriar quem gasta seu precioso tempo lendo-o (rárárá), a notícia é antes um relato emocionado (vocês não viram nada...) que um álibi para me vangloriar. Foi legal, extremamente foda, e mais foda ainda ouvir os gritos loucos da minha mãe, ao celular, dizendo que "já sabia" da nota e talz. Tá.

* Deliciosamente estranho, tudo isso. E a consciência leve é uma sensação inigualável. Desejo a você essa coisa assim, serelepe. E que seja eterna enquanto dure = )

Uou, que hoje eu tô ótima na seção "Plagie seu poeta predileto", affeee

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As expressões de incerteza de alguns colegas em busca de trampo, ou mesmo eu não poder me afirmar nem estudante, nem jornalista independente (de quem você entender), contudo, me fincam os dois pés ao chão. A tarefa (ou 'selva', dizem uns) começa mesmo agora.
Tudo bem, eu não acredito mesmo mais em coelho da Páscoa, nem em que a galinha bota ovo por debaixo da asa...
Nesse caso, talvez a consciência pese por eu não ter escolhido a carreira política, hehe

*

Nota mental: surpresas agradáveis e um puta companheirismo na apresentação me abriram novamente os olhos.

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random: Here comes the sun — Beatles



24.3.03

Nocturnes No.2 em Mi Bemol — Chopin

... pra segurar essa ansiedade desgranhada e mandar a insegurança pro ralo. Enxaqueca hoje não, muito menos amanhã, God, please.




23.3.03

Contando até 10, até 100, até formar somatória

Coisas estranhas têm se passado aqui dentro, ante as circunstâncias futuras que avisto próximas. E o pior: não tenho a mínima noção de como lidar com elas sozinha. Isso é um desabafo, eu sei.

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Apontamentos inúteis sobre um fim de semana vazio

Não, não é mais uma seção autonálise que está começando, meus pequenos. Apenas algumas coisinhas que percebi neste dois dias demuita preguiça, ventinho gelado e TV, que me fez dormir no sabadão. Mais emocionante que isso, só Roberto Carlos cantando "Calhambeque" em versão remix. Axé, meu rei.

Mas vamos ao que (não) interessa:

- já percebeu que os "sete militares norte-americanos e dois britânicos"que morreram em confronto, no Iraque, foram notícia (certeza) até no cafundó brasileiro? E os milhares de civis iraquianos que estão morrendo: estes não têm alma?
Por isso que, apesar de tê-la estudado e criticado um monte, às vezes eu fico meio confusa com essa questão de autocensura. Hipócritas.

- ninguém deu um toque ao Pedro Bial (sim, o jornalista do Big Brother) pra trocar aqueles pijamas que ele tem usado? Coisa mais chinfrin.
(tá bom, to-tal-men-te descartável esse comentário)

- sabes onde fica a maior concentração de poodle branco de uma cidade em plena manhã de domingo? Na feira livre. Testado e confirmado. Dos 8 que eu vi hoje (né brinquedo nãão), o mais estranho, magricelo que daria dó (se não fosse poodle, ou pinsher > eca), levava a dona pra passear. Uma senhora duns 80 anos, vestidão de vó e tênis de neto no pé. Figura.

- (de novo a guerra; sorry, folks) àquelas propagandas anti-guerra, uma dúvida: "lutar pela paz" não é um pouco contraditório? Ahn?

- cada vez mais acho essa cidade uma extensão do Estado de SP. Ontem, os mais de 10 hinos (tranqüilo; daí pra mais) do Corinthians (salve!) que passaram tocando aqui na rua só corroboraram aquilo que todo estudante percebe quando aporta de lá pra cá. So far and so near.

- talvez uma das nuances paranaenses seja a infinidaaaade de nomes que esse povo me dá pra "fruta do conde" que eu conheço em terras paulistas. Dos que eu já vi, só me lembro da "pinha"."É que seca, aí vai pro pinheiro natalino, manja?" Uou. Adorei a explicação deste ser.

Quanta coisa interessante. Se essa maré estranha (que não passe duma TDM fiadamãe) avançar, prometo que desenvolvo cada ponto e parto de vez pro mestrado. Figas aí para o bem da humanidade, portanto. Seus filhos não merecem esse legado.

*

"Saudadezinha cadela, cuida para que não te tornes um fila com traços de pitbull", disse a pequena infante ao poltergeist que lhe ameaçava sob a cama.

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random: A Sorta Fairytale — Tori Amos


22.3.03

Se correr o coelho te pega, se ficar, o ovo te come*

* da série Analogias Terríves Para um Sorriso Forçado


Prometi pra mim mesma que, este ano, não gastaria um cent comigo pra comprar ovo de Páscoa. Nai, nai, nai. Me recuso a gastar mais que 10 pilas em alguns mirrados gramas de chocolate.

Tudo bem, tem a surpresa dentro.
Mesmo assim.
Além do que, faz uns dois anos que a substância de cacau e eu não temos vivido mais aquele caso de amor tórrido.

Em compensação, se eu não como mais ovos (verdade, ainda tenho um Nescau bolinha versão 2002 na geladeira), agora os compro. Isso que dá ter aquelas primas mais novas me confundindo com "tia". Tá bem, eu me rendo, fazer o quê... Porque eu entendo vocês, pirralhas fofas! (apesar da mais novinha insistir nas rimas bestas com Ina-alguma-coisa, aff)

Saem os ovos, entram as ex-detestáveis colombas. Ressalva apenas para o fato de hoje haver as abençoadas, fabulosas e tudibom colombas de chocolate. Contraditório, né? Eu sei. Mas antes isso àquele gosto de essência de panetone que eu não suporto.

Gostando ou não das pelotas ocas, a lembrança que eu tenho delas é deveras saudosa. Talvez pela ingenuidade e poucas preocupações daqueles anos, talvez. Na noite de Páscoa, meus pais ajudavam a mim e a meu irmão a fazer os ninhos onde o orelhudo deixaria a preciosa espera da semana santa. Pra dar o toque mor de fantasia à coisa, minha mãe fazia pequenas pegadinhas de farinha, no chão - na minha imaginação de Alice, a fidelidade delas era simplesmente inquestionável.

Pois é, tudo isso passa, menos as velhotas de supermercado. Essas me perseguem há muito, e acho que outras e outras safras mais delas continuarão a fazê-lo. Só esta semana foram duas me interpelando sobre a bacalhoada de casa (que eu nem sei se vou provar!!) e sobre o bacalhau que elas estavam comprando. Bem-feito pra mim, que me aventurei pelo setor de frios quando deveria buscar coisas fora dali. Economize, sua tonta, ou doe pro Fome Zero (aaaaaaatchim).

Isso é para não dormires mais que 18 horas na tua vida, disse O Criador à fariséia vagal.

Não, não ando me automedicando, ou tentando entrar pralgum ranking de sono profundo.

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E pensar que ainda falta quase um mês pra essa coisa toda. Foda.
E um mês pra um reencontro rápido que precisaria de alguns dias e horas mais. Ibidem.

Enquanto isso, lá fora, o inverno vem me dar os primeiros tapinhas. Porque o desse ano vai ser dose pra leão e macaco louco.
Só espero que, até lá, algo de muito bom me aconteça pra eu dizer que estava enganada. O que, pelo menos, eu esteja aquecida de uma forma que coberta nenhuma dá jeito.

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random: Help! - Beatles




21.3.03

Congratulations

ao Fer e ao Thom pela conquista desta sexta-feira, após quatro (mais uns meses) anos de labuta permeados por greves intermináveis, professores picaretas (e, raríssimos, nem tanto) e mais uma pá de coisa que não daria pra escrever tudo num post só.

E ao Zé, que finisha a parte dele daqui umas horinhas.

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Orgulho de vocês, moçada. Força daqui pra frente e, claro!, muito juízo. Sabem como é essa história de sucesso subir à cabeça, né? hehe

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20.3.03

Pra tirar um pouco a poeira e o lamaçal

Ia falar tanta coisa, mas esse clima de “a guerra está pra começar” apressou minha TDM e encheu o saco que eu não tenho. George Bush, seu filho da puta, idiota, bobo e feio.

Desculpem a tecla suja. Mas, pra minha concepção de liberdade, ele merece. E deixa eu parar por aqui, antes que me confundam com aqueles futuros cientistas sociais mais psicóticos, cumpanhêro.
O pior é o JN dando uma “análise” do caso dizendo que o motivo desta guerra é o blábláblá de terrorismo. Conversa pra americano dormir, faça-me o favor.

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Pois é. Como me disse ontem (ontem?) a Fernanda, “agora a gente volta a viver”. De fato, depois de duas noites inteiras sem dormir e outras tantas de duas, três horas de sono, mais um cartucho inteiro gasto à toa (configure as monografias para A4, sua Anta), faleci ontem por merecidíssimas 15 horas de sono. O corpo e a mente (coitada, virou angu sem caroço) agradeceram muito hoje, apesar das meninas aqui em casa ficarem preocupadas e pensarem em ligar pra minha mãe, a alguns muitos quilômetros daqui. “A gente achou que você tava em coma, de verdade”. Hahaha....preciso me internar vezenquando, mesmo.

* E, Ana: sim, eu tô precisando mesmo dumas férias. O Rio (ê, diliça) que me aguarde, “um dia”.

No meu primeiro dia de liberdade eu resolvi fazer algo que há alguns anos não fazia: peguei matinê no cinema. Pode soar meio tosco, mas pra mim esse era o sonho inicial no pós-tcc. Depois eu retomo as atividades (t)físicas, ainda mais que acabo de descobrir que a academia abrirá aulas de dança, que bom. Tchá tchá tchá, agora a bandeira vem em dose dupla. E segurando um mico lindo nas mãos, hohoho.

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Le Pianiste, by Roman Polanski

Que Palme D’Or em Cannes; que sete indicações ao (palhaço do) Oscar, que nada. Nenhum desses títulos me impressionaria mais que ver ao filme e conferir trilha e fotografia belíssimas. E numa sala com meia dúzia de gatos pingados, coisa boa.

Um apontamento sur le film, apenas-e-tão-somente: eu não tenho MESMO do que reclamar da vida, nem você. Achava que tinha sido uma judia (ou algo do tipo) em outra vida (sai, papo de reencarnação), mas hoje tive certeza que não. Ou seria muito amarga, no mínimo.

E digo que só não fiquei com mais raiva do povo alemão porque sei que Hitler (assim como Bush, mas com bigodinho) era um lunático (sim, ele me contou!), e porque tenho a couple of two double friends alemães, a Charlotte e o Hanz, que contrariam totalmente esse rótulo besta.

O pitoresco ficou por conta da galerinha suuper da hora que eu peguei na saída do cinema. Shopping lotado, média de idade por volta dos 15 anos e algum cheiro de leite no ar. O mais cabicêra (fala sério!) foi ver um casal de paquerinhas se comunicando via celular, separado apenas pela praça de alimentação. É, filha, te cuida com a aposentadoria. Coroca.

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Seboso

Não, não falarei dos hippies que emporcalham a Praça da Bandeira com aquele cheiro de xixi, suor, lágrimas (dos hippie babies) e paz-e-amor no ar. Asco. Nojo e aflição maiores ainda daqueles ossos atravessados na orelha, aff elevado à quinta.

Isso porque eu não ia falar dos tais, né?

O seboso em questão era outro. Entrei pra ver, pela trocentézima nona vez só neste ano, se havia chegado o Ilusões Perdidas, do Balzac. Se você for de Londrina e por um acaaaaso souber de quem esteja vendendo, agradeço a information.

Lá pro final da loja, num setor mais escondido, uma senhora duns 50 e poucos anos (isso porque ela não usa Havon!) lia um exemplar de Sabrina, ao banquinho, que eu vi. No setor de Comunicação/Jornalismo (veja bem o nome, héin), alguns exemplares de O Noviço (pô, ainda se fosse O Foca...) e O Teatro de Nelson Rodrigues me gritavam que algo estava errado. Depois de pegar nas mãos “O espírito sopra onde quer” (?!) e “O conhecimento inútil”, tive medo. Olhei para os lados, cocei a cabeça, rezei um Pai-Nosso e saí de fino. Lugar mais estranho.

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Nada menos que 8 (oito) pessoas me perguntaram as horas hoje. Qualé?

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Chega por hoje. Acho que deu pra espantar o tédio em escrever no blog, passados 2/3 da minhas atribulações de pré-formanda.

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Meus agradecimentos mais sinceros (e, oh, mais formais) aos chineses e chinesas que tiveram saco em visitar esta azulada página mesmo em tempos de secura (a qual, aliás, não foi verificada nos comments, hehe).

Post mortem:

A guerra começou. O palhação texano acaba de dizer que está “levando a liberdade a outras pessoas”. E eu, uma mensagem de carinho a ele e aos 67% dos norte-americanos que o apoiaram:

I wish God damn you all

Expressãozinha que, por sinal, eles se proíbem, por uma questão de hipocrisia (Deus tudo sabe, tudo vê, sabe?). Viva a liberdade de expressão, bando de putos!

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random: Come home — James


17.3.03

Orpheu - Fernando Pessoa

Só quem puder obter a estupidez
Ou a loucura pode ser feliz.
Buscar, querer, amar...tudo isto diz.
Perder, chorar, sofrer, vez após vez.
A estupidez achou sempre o que quis
Do círculo banal de sua avidez;
Nunca aos loucos o engano se desfez
Com quem um falso mundo seu condiz”.

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Apenas mais algumas horinhas, Jesus.Valei-me.




11.3.03

ponto

A saudade é inspiradora pros poetas. Pra mim, não tem jeito. Sequei.






10.3.03

Afeganistão entra na era da Internet

Fonte: Terra Informática

O Afeganistão entrou oficialmente hoje na era da Internet com a inauguração de dois sites com o domínio .af, informou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
Trata-se de uma "ruptura com o passado" do Afeganistão, afirmou o PNUD, lembrando que no regime Talibã o acesso à internet era proibido com tanto rigor que quem mandasse um e-mail ou acessasse um site podia ser "condenado à execução".

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Depois dessa eu pensei até em ir embora almoçar.
Engraçado esse domínio meio abaianado, mais c'est pas mal.





Certas coisas só não são perfeitas porque

1- Não vêm em dose dupla;
2-Não vão mudar em nada o fato de vc ter de acordar cedo pra trabalhar.
Lerêê..........






9.3.03

Cada um faz do seu blog o que bem entender, mas confesso que transcrição de e-mail não faz meu tipo. Coisa mais sem criatividade...

* But *, como para toda regra tem uma exceção, segue este q recebi ontem. Pelo jeito essa égua tem futuro, meus filhos...

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"VESTIBULAR UNICAMP 2.046 - PROVA DE LITERATURA BRASILEIRA

1. Leia o trecho do poema abaixo e responda as questões:

"O JUMENTO E O CAVALINHO
ELES NUNCA ANDÃO SÓ
QUANDO SAI PRA PASSEAR LEVAM A ÉGUA POCOTÓ"
(Eguinha Pocotó, Mc Serginho, 2003)

a) A forma adotada pelo autor do texto leva o leitor a uma reflexão crítica a cerca de alguns elementos do estilo literário da época, ao mesmo tempo em que insere temáticas dotadas de valor universal. Assinale a passagem em que o autor expressa com maior intensidade este dualismo. Identifique a figura de linguagem adotada.

b) Ao idealizar em um mesmo patamar, personagens que até o momento só haviam sido tratados com a devida separação de classes, coloca o autor o "jumento e o cavalinho" como uma paródia da realidade social do país na época. O brilhantismo desta visão crítica é destacado por expressões que para um leitor menos atento podem parecer erros gramaticais, mas que na verdade geraram uma nova aplicabilidade da língua portuguesa. Identifique estes trechos e as inovações gramaticais por eles introduzidos.

c) Eleita como acompanhante nos passeios dos dois protagonistas, a Égua Pocotó rompe a solidão até então predominante no panorama urbano estabelecido. Mais do que um triângulo amoroso convencional, o autor atribui aos personagens um status que transcende a natureza metafísica convencional. Emerge então o caráter feminino, no auge de sua auto-afirmação como contraponto ao pansexualismo. Descreva o papel da Égua Pocotó como elemento de instabilidade no equilíbrio social do início do século XXI.

d) O texto de Mc Serginho, precursor do movimento literário-cultural denominado pocotoismo, propõe uma nova métrica e abordagem ao texto poético. Alguns críticos da época chegaram a compará-lo à "pedra no caminho" de Drummond, um poeta de menor importância no século XX, injustiça revertida mais tarde com a identificação da sua efetiva quebra de paradigma literário. Compare o estilo da obra de Mc Serginho com os autores clássicos do século XX e justifique a relevância de sua obra."



Só enquanto registro, a título de recordação, a nível de memória...

...pra mim. Que, velha (se o Blogspot não der pau antes), vou ler e dar risada das partes envolvidas. He, família de loucos...

Hoje (aliás, neste momento) fez uma semana que minha mãe, a mulher do meu pai, minha mãe, surpreendeu-me (oh, que estranho) com uma visitinha, assim, do nada. Louca* que só, deu "só uma adiantadinha na viagem", que seria no dia seguinte, durante o dia, e pegou a estrada noite alta, já. Ela e maninho, um homem lindo, 12 quilos mais magro (babem: em apenas UM mês) e, digamos, mais fortinho tbm. Milagres da musculação; mérito total da força de vontade dele. Show. "Pra sua formatura, Ina". Ah, vá ser fofo assim lá em casa. (snif)

Do carro da mami, suprimentos que, com toda a certeza, alimentariam umas quatro repúblicas aqui do prédio. Acho q o costumeiro sono (ou inadequação do momento, em linguagem científica) na voz, qdo me liga, deve estar sendo confundido com fome. Já expliquei, mas não adianta: a magreza é de raiva.

* uma mulher já passados os 40 se achar "gorda" com 55 quilos é mesmo um indício forte de loucura, nem vem.

Amo você, loucona.

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Adiós, muchachos, hasta la mala vista. Putanos.
Eu quero ver o Dômine no Paparazzo, será que a Globo deixa?

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* sigh *

O primeiro encontro de sábado via telefone. E um aperto danado aqui, mas com a certeza de que saudade é mesmo um sentimento revelador.

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random: Come away with me - Norah Jones
(eu quero um carango igual ao desse clipe, eu quero.)



8.3.03

It's very nice pra xuxu

Mundinho pequeno, sô! Numa daquelas reportagens de sábado que o Jornal Hoje exibe, sobre ritmos musicais, enfoque para o trance. Tut, tut, tut, tu tu tut...affe. Não é pra idosos, como diria o Rain Man, "definitivameeeente". Um dos entrevistados era justo o amigo mais caseiro-não-me-importune-com-festança-please do meu primo, em Sorocaba. Ou Soroca, cidade fofa. Vontade de voltar pra Soroca. E o Tiba, o sujeito, com o pé na lama, um bando de meninas em volta dançando e o cenário, deveras sugestivo (a paisagem de fundo era linda), mostrava por baixo o horário em que uma rave tava terminando. solzão na cara da moçada, ueeee

Zuzu zen (diria Montez), não fosse um clubber cabeludo (?!), numa daquelas frases de efeito que repórter adora pra encerrar matéria (blergh), dizer algo como "O trance é o woodstock moderno, uhuuuu!". Que Hendrix, Janis, Morrison, Dylan, Baez mais uma pá de gente que transpira música não te ouça, seu besta.

*

Afinal, quem se importa?

*

Acabei de ouvir que um dos (inúúmeros) cinemas daqui está com 50% de desconto (off pra você, Aldo Rebelo) nos ingressos de hoje pra mulherada. Queria ver a cara deles com uma caçarola de bibas exigindo a meia-entrada. Rá rá rá. Igualdade de direitos o caralh*, bando de papudos.

*

Momento felizi dum sábado ultragigamegaemocionante: a versão atualizada de "Retrato de um playboy", do Gabriel o Pensador. Não gosto de rap, estou comendo cotonete pro Eminem e uma bigorna quente pros Racionais. Mas pelo carioca eu tenho uma, hmm, simpatia. Depois da musiquinha porreta de hoje, um gesto de desagravo de minha parte, oras.

*

" Porque hoje é sábadu"

Sábadu, sábadu, sábadu, sabadabadu... hehe
Se fodeu, Dhomini. Hoje vc chora de verdade, porco esotérico.
E aquela japa que se cuide.

Porque assim disse o profeta Hizahíahs (após consultar 'aquela' numeróloga): "Podes preparar-te que, no dia de tua saída, todas as manifestações de mandinga serão revertidas para a pessoa dos assessores parlamentares acima dos 75 quilos"

Quero ver você engolir a pérola que deu pros outros, garanhão.




Everyone thought it was a shame

Uau, mulherada, hoje é o nosso dia! Parabéns a todas, e ao meu amigo fofis, Marcelo, que estranhamente se gaba de soprar vel(h)inhas nesta sacrodata.

Sei não, hehe

*

Professor universitário é foda. Orientadores, então, podem se tornar seres foda-exponenciais. Nem acabei meu filho ainda (despachadas hj 70 pagininhas, já tirei uma das patas que pesava sobre meu ombro, credo) e ouço uma proposta de "vamos fazer o projeto de uma revista"? Pergunta na hora errada e com intenções claramente escravocrata-intimidatórias me deixam com uma pulga gorda atrás da orelha. Alguém tem racumim, detefon ou congêneres sobrando?

O detalhe foi ouvir as fofocas do porteiro sobre a distinta senhora. Minhas jabuticabas quase saltaram pra fora quando soube de tudo aquilo, tsc, tsc. Vem cá: tão me achando com cara de quê pra tanta intimidade, hã? Povo mais tonto.

*

Queria sugerir às otoridades deste país, companheiras, que o dia 8 de março fosse comemorado mais decentemente. A começar pela institucionalização de um feriado imune a plantões de quaisquer espécies, por favor. Além da distribuição de um cartão do Fome Zero pra cada uma.

Sim, vocês entenderam.

*

Acabo o post e vejo esse toque de recolher. It isn't toy, no!

*

random: Ursinho Pimpão - A Turma do Balão Mágico
(para crianças insones)



7.3.03

Porque relógio é coisa de nerd

Excesso de horas dormidas é uma coisa chata. Como ando meio esquisita ultimamente, tô louca pra executar umas chatices. A falta das tais 8 horas (as quais até hoje, qdo dá uma brecha e eu viro turista em casa, meu pai faz questão de me lembrar) de fato é uma merda. Definitivamente, eu fui feita pra dormir, dormir muito. Não aqueles 30 minutos lazarentos desta noite. O fim de semana, como eu sempre digo, promete.

E pra este que tá chegando, acho que ficar sozinha em casa, ilhada, vai ser uma bênção. O mp3 da Isaura tá na espera; não posso desapontá-lo.

E eu acabo de descobrir que dois puta filmes estréiam bem hoje. Só uma interjeição mesmo pra definir o acaso: humpf *.

* Homenagem a um blog supimpa e bacaninha que não mereceria estar desativado.

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Upload no dicionário, Janaina, já.

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random: All across the sands – Stone Roses
(ok, preferia não ouvir isso sozinha.)



6.3.03

Deixe a luz apagada, por uns minutinhos

Hoje eu queria qualquer coisa, menos a sensação que ficou depois daquela despedida. Tiraria sarro do meu pé enfaixado, mas lembrei a trabalheira que ele deu pra mami, pra mim (não tiro mais sarro da Shirlêi, a coxa da novela), e o quanto esse bestinha ainda teima em doer. Não, deixo meu pé em paz. Por enquanto – mas ele que trate de cicatrizar logo.

Agora eu queria ouvir aquela música que ouvimos aqui, quietos, nos ombros um do outro. Mas eitcha musiquinha triste; eu não posso sair de casa, quanto menos beber, então é melhor esquecê-la por uns dias. Só que não tem jeito; essas coisas da vida “botam a gente comovido como o diabo”, e, tá bom, eu sou meio masoquista mesmo. Quer curtir uma fossa? Me liga, o que tá esperando?! Ou escreve pro meu e-mail, respondo por laudas. Aliás, antes de jornalismo psicologia era uma intenção. Sorte sua.

Espero que o violão não saiba que o retorno é demorado; se ele desafina, coitado, vai ficar cantando que nem o Xororó mesmo, porque eu não me arrisco. Você sabe que não. O dia em que ele cansar de ‘Por enquanto’ (por que ralhos eu insisto nessa bendita, oh céus??), pode ser que não saiba mais nenhuma. Ô, dó.

O cinema, bem, este não sei se poderá esperar. Sabe como são aqueles papos pseudo-jornalísticos, né? Tenho que estar por dentro, meu. Atualizada, essas coisas. Da globalização, entende? Outros sábados virão, outros atrasos também, não pense que eu vou mudar tanto, até lá. Já basta o cabelo, que tão cedo não vai ter aquele look-repórter-da-Globo que você tanto me alugou uns dois anos atrás. Ainda lembra?

Restaram as fotos e a lembrança das palavras mais meigas que alguém me disse e, sei, que ninguém mais as dirá. Que o aperto seja passageiro, os dias também. Tantas lendas cercam esses tipos de relacionamentos de quilometragem definida que eu já me enchi de todas elas. Conforme o combinado.

*

(Uma parte de mim deixou Londrina hoje)

*

Nem precisava escrever tudo isso. Lembre daquele dia, Teresa Salgueiro nos embalando. Como agora.

*

Haja o que houver - Madredeus

Haja o que houver eu estou aqui
Haja o que houver espero por ti
Volta do vento oh meu amor
Volta depressa, por favor.

Há quanto tempo já esqueci
Por que fiquei longe de ti
Cada momento é pior
Volta no vento por favor

Eu sei
Quem és pra mim
Haja o que houver
Espero por ti



3.3.03

Folga de carnaval

Rárárá. Enganei o bobo.

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Hehe. Discrição é tu-do, como diria o sábio Anonymus Apocalypticus.

A expressão de susto do porteiro do prédio onde trabalho, hoje (segunda-feira de carnival, babe), foi engraçada. Aquele "bom dia" forçado, com um puta ponto de interrogação no meio da testa. Show a discrição.

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Acabei de ler, por um baita acaso, o blog duma curitibana que, aluna nova de dereito, comentava sobre a "nova galera" que passaria a fazer parte de sua vida, talz. Abstenho-me de entrar em detalhes, porque me satisfaço com a minha estupidez.

Só uma coisa me chamou a atenção: lá pro fim do post, falando de um dos "futuros coleguinhas", o comentário sobre a cidade do dito foi deveras acolhedor: "um loucão que tava com uma camisa do Metallica e gostava das música boa! (sic) a gente falou até sobre coturnos rs.... ele é de Apucarana, credu ! imagina... se Londrina é um shitz, Apucarana então...."

Por isso que cada vez mais eu compreendo Saddam, Osama e seus guris. Tudo bem, onde eu li o lixo aí de cima também havia muita sabedoria. "estou tão emocionada !!! por tudo... tudo mesmo... vou aprender cada coisa... vou conhecer tanta gente !!!! taaaanta !!! mal posso esperar !! só ontem vi oito propagandas de festas..." Realmente, merda com z no final.

Convertei-vos, irmãos, e não vos estresseis com as bobagens alheias. Ou sereis condenados por toda a eternidade à contemplação de mais uma emocionante série de

Frases de otimismo

"O homem comum é exigente com os outros; o homem superior é exigente consigo mesmo" (Marco Aurélio)

"Sê sábio se queres comtemplar os sabiás de tua existência" (do módulo Diversão com Anagramas, by Anônima)

"O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete" (Aristóteles)

"Não te enganes com a falsa prepotência; reconhece o valor em teus amigos. Afinal, jornalistas são sábios" (módulo Probleminha de Lógica, by Anônima)

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Mais uma semana de contagens regressivas. Três, ao todo, que contabilizam duas despedidas e um deadline cachorro de mau. Que o elixir da sagrada vigilância me mantenha sempre alerta, eis que vou precisar, e moito.

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No one ever said it would be so hard...

random: The Scientist - Coldplay



1.3.03

Num queria mesmo

Anote aí:

02 - 07 - 27 - 32 - 35 - 50

Estas são as dezenas que não foram sorteadas hoje pela Mega-Sena. Nenhuma, por sinal.

Pelo jeito, Sao Longuinho anda literalmente duro nas negociações. Me paga, santinho.

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Isso é pra você aprender a segurar o microfone direito, pasquim.






Uma sopa quente e um cachecol de lã

Desculpem a maleducação, mas que calor mais lazarento, putaquepariu. Aquele vapor levantando da calçada às duas da tarde é a resposta perfeita pra quem um dia quiser saber como é o inferno. Desgrama.

Tuba e Coxa no VGD; expectativa de estádio novamente lotado; máxima de 37 graus na moleira. Depois duvidam que londrinense é meio lelé.

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E a minha sinuca de bico entra na reta final. Uma semaninha e o hino da escrava Isaura vai encher esse prédio; mp3 a postos. Enquanto isso, suco de acerola fresquinha (valeu, fofo) e sorvete de limão pra esperar o inverno. Que será rigoroso, espero.

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O título do post é a segunda visão do inferno: presenteie aquele seu desafeto com as sugestões e viva mais feliz! Se quiser, a guarnização pode ser um single do Roberto Carlos cantando Eguinha Pocotó em todas aquelas versões que circulam na web, em ritmo de MPB. Uhu, mano.


random: Heartache - The Metters