30.5.10

o tuninho vai fechar

- sabe qual a pergunta mais importante pro ser humano?
- não.
- não?
- essa não.
----------------
- sabe qual a pergunta mais importante pro ser humano?
- nem ideia.
- sabe qual a pergunta mais importante pro ser humano?
- "puxa!", só pra falar que agora eu mudei as pontuações.
----------------
Adoro biografias. Ganhei uma que vai pedir certa dedicação - aliás, ela nem me pede: eu sou a dedicação involuntária. Doce, essa sensação.
----------------
a hora da estrela - pato fu

24.5.10

a estrada

eu leio coisas que escrevi há oito, nove anos por aqui e me surpreendo com o quanto (ainda) é possível perceber mudanças que o tempo fez questão de provocar, desde então. constatei como eram verdadeiras algumas objeções sobre o futuro - o poema preferido do Drummond, do dia em que o poeta faria 100 anos, que o diga -, quantas dúvidas eu carregava, quantas eu dissipei e a quantas apenas dei novas roupagens, com novas personagens, cenários e densidades mais ou menos interessantes.

o quanto eu acreditei, desacreditei, voltei a crer e prossegui nos novelos ou nas retas. acho que nunca vai parar a procura curiosa do 'onde-vai-dar?' nessa misteriosa linha do tempo. aquela coisa de olhar no espelho e se ter a constatação de que, opa, que ser é aquele ali, mas transferida pras linhas que descrevem banalidades e angústias. descobertas com exclamações e pontos finais que carregam reticências ou que valem por si.
cada coisa.
-----------------------
no filme, o menino e seu pai tentam desviar dos perigos, rumo ao sul. encaram a tristeza de um cenário literalmente apocalíptico e protegem um ao outro. tão sublime esse senso de proteção, de zelo - será uma das várias faces do amor?

o menino não pode parar e precisa acreditar que, mesmo com tantos absurdos contra pessoas como ele e o pai, ainda há os "homens bons". é neles que o pai pede que acredite, é com eles que vai embora quando é preciso seguir o caminho. porque, pede o pai, ele precisa carregar a "fogueira interior" sem apagá-la. não à toa, ele faz questão de manter o filho sempre aquecido. acho que era a forma de manter acesa a fogueira dele, também.

o mundo interno e o externo podem ter metáforas surpreendentemente tocantes.
-----------------------
between the bars - elliott smith

12.5.10

esqueça a primeira conjugação

a página está em branco.
o álbum de fotos está vazio.

há muito que listar no grupo de verbos da segunda conjugação. 'acordar' destoa. escrever/aquecer rendem rimas desnecessárias aqui.
há muitas fotos que abarcam lembranças. boas lembranças. eu, que já achei tudo tão medíocre, vejo hoje o quanto já fui tola pensando assim - porque são vários os tipos de álbum.
(e tem fotos lindas pra preencher os que separei)
...............
é curioso como mesmo a relação com as fotos pode mudar a concepção do batido o-que-os-olhos-não-vêem-o coração-não-sente. batido ou demasiado simples - simplista, na verdade -, vez que desconsidera algo tão português e tão pouco explicável por a+b num chavão.
...............
ora o congelamento de sinapses, ora um estranho efeito esfumaceador que chega e dissipa tudo no vento.
vou conjugar mais verbos.
...............
thieves - she and him