tag:blogger.com,1999:blog-36162512024-03-08T06:19:11.573-03:00: : BLOCO DE NOTAS : :(Não se esqueça de anotar os offs)janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.comBlogger363125tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-27009769980419921762016-11-18T11:41:00.002-02:002016-11-18T11:41:06.886-02:00
Autocensura: um dom.
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janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-49799704653057602842015-06-23T18:11:00.000-03:002015-06-23T18:11:17.582-03:00A caminho do médico, o taxista tem a conversa entrecortada pelos bipes do aplicativo. Era um canto de azulão - e ele arregalou os olhos quando o identifiquei. "Meu avô era criador. Tinha canário da terra, canário do reino, curió, mas o azulão do bico chato era o xodó", expliquei. "Que bom então que serviu pra você se lembrar do seu avô", ele me disse. Lembrei do rádio com CD de passarinho janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-73971419976374343762015-03-31T11:02:00.002-03:002015-03-31T11:09:58.609-03:00analisando- "Você criou uma prisão a que poucos têm acesso".
- "Não há distância física para os sentimentos".
- "O inconsciente da gente é como um porão, que, muitas vezes, é escuro e está bagunçado. Você quer entrar nele? Está disposta a arrumá-lo?"
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Era bem mais simples quando eu comprava sorvete de flocos perto da casa do meu avô, ou quando chupava jabuticaba no pé, na chácara da tia-avó, sem medo do janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-61857607464178711002014-10-29T16:34:00.001-02:002014-11-03T11:15:48.011-02:00Escuto aquela música, tão nova e já tão parte da minha vida, e lembro das flores em contraste com o céu megalomaniacamente azul do Rio. São flores cor de rosa, não exatamente ipês, mas não sei o nome delas, desculpe.
Adornam as copas das árvores (como eu gosto de árvores, meu Deus), tiram a seriedade dos prédios e sorriem -- qualquer que seja a ruga de preocupação, desafio o sujeito a não janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-84643558536928525462014-03-21T17:56:00.001-03:002014-03-22T00:56:55.738-03:00‘memória do coração’
Saudade imensa, Sebastião.
Hoje eu via uma reportagem
sobre algo que me lembrou das nossas conversas de domingo e, não teve jeito,
fui trabalhar com os olhos inchados.
Queria que esse espinho me
fosse mais imperceptível, vô. Ou que, ao menos, a saudade não fosse exatamente
uma coisa chata de doída. Não sei quem inventou que ela pode ser algo bom
–talvez, imagino, à medida em que se tem saudadejanaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-35870108505601393322014-02-25T00:22:00.001-03:002014-02-25T00:22:16.406-03:00o tempo pairando em outro tempoA pauta era uma reintegração de posse. Condomínio de apartamentos de 45 metros quadrados, inacabados, num lugar que, com o taxista nos deixando apavorados com velocidade e alguns abusos pra que fôssemos (d)os primeiros, levamos ainda uns bons 60 minutos pra chegar.
O cheiro de bombas de gás -- bombas lançadas também de um helicóptero policial, veja que coisa, minino --, gente chorando, gente janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-79074399427206104792013-10-21T17:51:00.001-02:002013-10-23T14:56:28.953-02:00
Sonhei com você e li seus e-mails antigos. Surpreendi-me
com as feridas que o tempo cicatriza e com as nervuras que ele faz, por outro
lado, sobre a terra que agora está seca. Acho que a surpresa maior foi por
descobrir que aquela pessoa de outrora morri. Morremos.
“Às vezes, não sempre, acontece” de a moça ter esses
devaneios. Aí ela olha pros lados, pensa no quão estúpida é a palavra humanajanaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-73119314426994273492012-12-24T17:39:00.000-02:002012-12-24T17:49:50.889-02:00feliz natalDona Leda. Funcionária pública, 51 anos, olhar em que se confundem resignação e impotência. É como se, de longe, alguém acenasse a ela permanentemente, dizendo: "Desta vez, não".
Perdeu o filho para as grades do Estado há sete anos. Recebeu-o de volta quando, por ordem de um juiz, ele tentou cursar Letras na universidade federal. Mudou o juiz, mudou a sorte do filho. Cana. Dona Leda dá o que os janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-60525671844365898692012-09-24T01:12:00.000-03:002012-09-24T01:23:18.281-03:00enfim, primaveraEra recorrente a imagem da viagem perdida, fosse o meio que fosse. "Qual a sensação advinda?" Dificilmente o sonho era nítido o suficiente pra eu chegar a uma resposta capaz de eu, mesma, me convencer. No começo a recorrência incomodava, depois, passei a achar aquilo simplesmente curioso.
De uns tempos pra cá, volta e meia aparece o entardecer numa rota que já chega a ser, pelo menos pro janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-77469142106981784812012-07-10T01:21:00.001-03:002012-07-10T01:25:06.953-03:00Uma sensação estranha de que o ano se resumiu a uns poucos meses, poucas semanas, quando na verdade se passou na maior parte, e o acúmulo de informações e de cansaço o extrapolam.
Sensação de que uns pares de anos não são nada e ao mesmo tempo são muita coisa. De que décadas, no ranger dos dentes, não passam de poeira a ser limpa. Ou de que horas, dias, semanas e meses se solidificam espaçada e janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-67640307858706122642011-12-07T01:01:00.002-02:002011-12-08T00:37:02.062-02:00só as "atualizações mais importantes""Dizem que na vida a gente se acostuma com tudo; não é verdade. Anos já se passaram e eu não me acostumei. Ninguém esquece uma saudade, nem substitui um amor."
Confesso: tem uns diálogos de novela que me tiram do sério. Quando tiram assim, tanto melhor, porque me levam a refletir, de fato, sobre caminhos que a vida segue, persegue e dos quais desvia. Não preciso buscar isso necessariamente numa janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-44107627284748773652011-11-26T22:47:00.000-02:002011-11-26T22:47:36.142-02:00remédio para o desconcertoHoje não há muito o que escrever, só o que compartilhar.
O título do texto que segue é o mesmo da compilação de crônicas do Drummond publicadas na década de 70 no Jornal do Brasil. Notei que várias das citações usadas nas redes sociais atribuídas ao poeta são trechos editados --pra usar um eufemismo -- de textos desse livro. Recomendo a leitura. Afinal, ele mesmo avisou, "a crônica deveria janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-22499901334682548412011-10-03T01:23:00.002-03:002011-10-03T01:26:27.400-03:00lejos, lejosOs portais noticiam que a cúpula da emissora, numa reunião em Paris (sintomático), decide tirar o "humorista" da bancada do programa de TV que já teve o frescor de algo realmente novo e inovador. Repare como é fácil pensar que ambos são conceitos sinônimos. Pra mim, nunca foram.
O sujeito pode achar graça e fazer piada com as mulheres (as "feias", pelo menos) vítimas de estupro. Pode sugerir janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-69020435971527821772011-09-08T01:43:00.006-03:002011-09-09T21:17:38.729-03:00eso no ecxiste"Você já se adaptou?", pergunta em 11 de cada 10 oportunidades fora de SP. "Está feliz?", perguntam os queridos, mas não exatamente íntimos.
Não sei por que, esses dias encasquetei (#vem31feelings) com isso. Adaptação, na psicanálise, é algo como a ação do sujeito que modifica o meio e cria o equilíbrio do próprio ego. Não sei se um "sim, certamente" caberia dentro dessa interpretação: porque janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com4São Paulo, Brasil-23.5489433 -46.6388182-23.8749538 -46.869311700000004 -23.222932800000002 -46.4083247tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-16243105463307085062011-05-29T16:20:00.002-03:002011-05-29T21:48:10.158-03:00fotossínteseA perda do bonde. Do ônibus. Do "avião de linha" (porque, afinal, o avião é - e não é - meu). É recorrente essa figura nos meus sonhos, não sei nem há quantos anos já. Pouco, mas pouquíssimo recorrente é aquela coisa de você acordar, se ligar que estava no meio de um sonho e decidir: vai voltar de onde parou, assim, como se a consciência fosse mera espectadora de um mundo paralelo sob o qual o janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-52275207955446708722011-04-18T01:08:00.004-03:002011-04-18T22:52:50.272-03:00de novoAtravessar a Eusébio Matoso (ou Rebouças? nunca vou saber) ou encontrar o mendigo de sempre, com a perna torta de sempre, com a caneca imunda, à mão, de sempre? Essa é a dúvida que me faz partir pra rua dos Pinheiros sempre que preciso ir à agência bancária mais próxima. O luxo da Faria Lima é logo preterido pela deterioração humana e urbanística do Largo da Batata só pra evitar de ver, novamentejanaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-52467459052416729442011-04-11T00:57:00.002-03:002011-04-15T19:27:34.395-03:00desencaixotaterapiaQuando choramos a morte de alguém, na verdade choramos nossa própria morte. Essa ideia é de Santo Agostinho. Ouvi-la hoje depois de uma tragédia como a que se abateu sobre aqueles pais, avós, irmãos, padrinhos e amigos faz muito sentido. Muitos morreram junto com seus pequenos, e sentir compaixão por essa gente toda, mesmo sem conhecer quaisquer deles, é um sinal de que a vida agitada, apressada janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-66712564719596120052011-03-22T01:42:00.000-03:002011-03-22T01:42:13.833-03:00terceira do singularCriou um ramalhete de palavras/pensamentos dispersos, abotoou o casaco na noite escura/gelada e puxou da memória as saudades tão antigas e escondidas/esquecidas nos versos e rifles. A vida soava tão mais simples/absurdamente simples com 17 anos a menos, impressão? Hm, a checar.
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Se a insônia veio dividir aluguel, a preguiça de dirigir tá arrumando as malas. Sentiu de fato.
---------janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-37600548627366999102011-03-17T14:39:00.001-03:002011-03-18T00:20:41.363-03:00bocadinhosPitangas caídas ao chão. Enormes e suculentas pitangas.
Damascos espalhados. Macios. Carnudos como nunca vi.
E um casal de idosos me ajudando a apanhá-los, ao longo de uma escadinha antiga e amarelada pelos raios do sol poente. Era uma espécie de Londrina, uma espécie de cenário de interior da tenra infância, familiar e ao mesmo tempo desconhecido do racional. Copiou?
Curioso como até em sonho janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-23477877681721328742011-03-03T18:14:00.001-03:002011-03-04T13:39:45.698-03:00cê vê?E então o rapaz viu o assento "especial", azul-bebê, e sentou a filhota, pitica, que segurava a boneca no colo. Se ajoelhou e foi brincando durante o caminho. O longo caminho. Pediu que ela não jogasse o papel das bolinhas de chocolate no chão e foi atendido com um gracejo tão espontâneo que desarmou a seriedade dos que portavam semblantes e guarda-chuvas fechados – ah, esses alagamentos... – na janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-34271393043259431652011-02-19T23:15:00.003-02:002011-02-20T21:09:31.321-03:00o sepapeficoa e euQuando se pensa ter noção do quanto ainda se pode viver - ou sonhar viver - a vida adiante, algumas emoções parecem ser eternas. E esses verbos de ligação, vou te dizer uma coisa, são uns danados.
O eterno coração na garganta ante cheiro, semblante parecido ou a lembrança mais forte de pessoas ou situações marcantes.
O eterno sentimento do sublime que se almeje eterno. A eterna busca pela janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-12131027806594489382011-02-15T02:02:00.003-02:002011-02-15T16:17:15.113-02:00o livro das perguntasSemana passada eu assistia ao telejornal preferido quando, súbito, entraram as imagens do incêndio colorido que deixou tanta gente chorosa; outros tantos, inseguros: qual seria a dimensão de tudo aquilo? Haveria o festerê do carnaval carioca?
E então na semana passada eu me assustei (sim, não me desabituei a) com tanta gente caçoando, ironizando a situação daquelas comunidades que passaram mesesjanaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-83670340404122040652011-01-11T23:39:00.002-02:002011-01-12T01:11:08.065-02:00ponto transitável de alagamentoOs ouvidos acostumados aos fones estranharam quando a mensagem pelo alto-falante do metrô se estendeu além do habitual próxima-estação, dois pontos. Era pra todo mundo descer, que aquele trem seria recolhido. Pressa demais pra conjecturar. Os cinco lances de escada 'rolante' (ótima agilizadora pra gente como eu) em 10 segundos ainda vão me fazer voltar à corridela de rua. Tô no esquema, janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-22991778523342985422011-01-07T02:18:00.008-02:002011-01-07T22:20:14.288-02:00com-pressaUma semana de folga do trabalho de um mês e o sono REM voltou a ter comigo, esse lindo. Algumas surpresas, é claro - nunca imaginava balbuciar "James Franco" pra um técnico de computador que (claro, só mesmo em sonho) batia à minha porta. E olha que nem sou tão fã assim do moço. Preferia um técnico Jude Law, mas ok-ok. O REM tava em greve, e eu tô deixando pequeninices do tipo de lado. Chega de janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-3616251.post-26787049110228673852010-12-10T01:52:00.006-02:002010-12-12T01:40:05.915-02:00é verbo intransitivo<!--[if gte mso 9]> Normal 0 21 false false false PT-BR X-NONE X-NONE MicrosoftInternetExplorer4 <![endif]--><!--[if gte mso 9]>janaoghttp://www.blogger.com/profile/07999465797137964088noreply@blogger.com1