Se correr o coelho te pega, se ficar, o ovo te come*
* da série Analogias Terríves Para um Sorriso Forçado
Prometi pra mim mesma que, este ano, não gastaria um cent comigo pra comprar ovo de Páscoa. Nai, nai, nai. Me recuso a gastar mais que 10 pilas em alguns mirrados gramas de chocolate.
Tudo bem, tem a surpresa dentro.
Mesmo assim.
Além do que, faz uns dois anos que a substância de cacau e eu não temos vivido mais aquele caso de amor tórrido.
Em compensação, se eu não como mais ovos (verdade, ainda tenho um Nescau bolinha versão 2002 na geladeira), agora os compro. Isso que dá ter aquelas primas mais novas me confundindo com "tia". Tá bem, eu me rendo, fazer o quê... Porque eu entendo vocês, pirralhas fofas! (apesar da mais novinha insistir nas rimas bestas com Ina-alguma-coisa, aff)
Saem os ovos, entram as ex-detestáveis colombas. Ressalva apenas para o fato de hoje haver as abençoadas, fabulosas e tudibom colombas de chocolate. Contraditório, né? Eu sei. Mas antes isso àquele gosto de essência de panetone que eu não suporto.
Gostando ou não das pelotas ocas, a lembrança que eu tenho delas é deveras saudosa. Talvez pela ingenuidade e poucas preocupações daqueles anos, talvez. Na noite de Páscoa, meus pais ajudavam a mim e a meu irmão a fazer os ninhos onde o orelhudo deixaria a preciosa espera da semana santa. Pra dar o toque mor de fantasia à coisa, minha mãe fazia pequenas pegadinhas de farinha, no chão - na minha imaginação de Alice, a fidelidade delas era simplesmente inquestionável.
Pois é, tudo isso passa, menos as velhotas de supermercado. Essas me perseguem há muito, e acho que outras e outras safras mais delas continuarão a fazê-lo. Só esta semana foram duas me interpelando sobre a bacalhoada de casa (que eu nem sei se vou provar!!) e sobre o bacalhau que elas estavam comprando. Bem-feito pra mim, que me aventurei pelo setor de frios quando deveria buscar coisas fora dali. Economize, sua tonta, ou doe pro Fome Zero (aaaaaaatchim).
Isso é para não dormires mais que 18 horas na tua vida, disse O Criador à fariséia vagal.
Não, não ando me automedicando, ou tentando entrar pralgum ranking de sono profundo.
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E pensar que ainda falta quase um mês pra essa coisa toda. Foda.
E um mês pra um reencontro rápido que precisaria de alguns dias e horas mais. Ibidem.
Enquanto isso, lá fora, o inverno vem me dar os primeiros tapinhas. Porque o desse ano vai ser dose pra leão e macaco louco.
Só espero que, até lá, algo de muito bom me aconteça pra eu dizer que estava enganada. O que, pelo menos, eu esteja aquecida de uma forma que coberta nenhuma dá jeito.
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random: Help! - Beatles
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