Pra tirar um pouco a poeira e o lamaçal
Ia falar tanta coisa, mas esse clima de “a guerra está pra começar” apressou minha TDM e encheu o saco que eu não tenho. George Bush, seu filho da puta, idiota, bobo e feio.
Desculpem a tecla suja. Mas, pra minha concepção de liberdade, ele merece. E deixa eu parar por aqui, antes que me confundam com aqueles futuros cientistas sociais mais psicóticos, cumpanhêro.
O pior é o JN dando uma “análise” do caso dizendo que o motivo desta guerra é o blábláblá de terrorismo. Conversa pra americano dormir, faça-me o favor.
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Pois é. Como me disse ontem (ontem?) a Fernanda, “agora a gente volta a viver”. De fato, depois de duas noites inteiras sem dormir e outras tantas de duas, três horas de sono, mais um cartucho inteiro gasto à toa (configure as monografias para A4, sua Anta), faleci ontem por merecidíssimas 15 horas de sono. O corpo e a mente (coitada, virou angu sem caroço) agradeceram muito hoje, apesar das meninas aqui em casa ficarem preocupadas e pensarem em ligar pra minha mãe, a alguns muitos quilômetros daqui. “A gente achou que você tava em coma, de verdade”. Hahaha....preciso me internar vezenquando, mesmo.
* E, Ana: sim, eu tô precisando mesmo dumas férias. O Rio (ê, diliça) que me aguarde, “um dia”.
No meu primeiro dia de liberdade eu resolvi fazer algo que há alguns anos não fazia: peguei matinê no cinema. Pode soar meio tosco, mas pra mim esse era o sonho inicial no pós-tcc. Depois eu retomo as atividades (t)físicas, ainda mais que acabo de descobrir que a academia abrirá aulas de dança, que bom. Tchá tchá tchá, agora a bandeira vem em dose dupla. E segurando um mico lindo nas mãos, hohoho.
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Le Pianiste, by Roman Polanski
Que Palme D’Or em Cannes; que sete indicações ao (palhaço do) Oscar, que nada. Nenhum desses títulos me impressionaria mais que ver ao filme e conferir trilha e fotografia belíssimas. E numa sala com meia dúzia de gatos pingados, coisa boa.
Um apontamento sur le film, apenas-e-tão-somente: eu não tenho MESMO do que reclamar da vida, nem você. Achava que tinha sido uma judia (ou algo do tipo) em outra vida (sai, papo de reencarnação), mas hoje tive certeza que não. Ou seria muito amarga, no mínimo.
E digo que só não fiquei com mais raiva do povo alemão porque sei que Hitler (assim como Bush, mas com bigodinho) era um lunático (sim, ele me contou!), e porque tenho a couple of two double friends alemães, a Charlotte e o Hanz, que contrariam totalmente esse rótulo besta.
O pitoresco ficou por conta da galerinha suuper da hora que eu peguei na saída do cinema. Shopping lotado, média de idade por volta dos 15 anos e algum cheiro de leite no ar. O mais cabicêra (fala sério!) foi ver um casal de paquerinhas se comunicando via celular, separado apenas pela praça de alimentação. É, filha, te cuida com a aposentadoria. Coroca.
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Seboso
Não, não falarei dos hippies que emporcalham a Praça da Bandeira com aquele cheiro de xixi, suor, lágrimas (dos hippie babies) e paz-e-amor no ar. Asco. Nojo e aflição maiores ainda daqueles ossos atravessados na orelha, aff elevado à quinta.
Isso porque eu não ia falar dos tais, né?
O seboso em questão era outro. Entrei pra ver, pela trocentézima nona vez só neste ano, se havia chegado o Ilusões Perdidas, do Balzac. Se você for de Londrina e por um acaaaaso souber de quem esteja vendendo, agradeço a information.
Lá pro final da loja, num setor mais escondido, uma senhora duns 50 e poucos anos (isso porque ela não usa Havon!) lia um exemplar de Sabrina, ao banquinho, que eu vi. No setor de Comunicação/Jornalismo (veja bem o nome, héin), alguns exemplares de O Noviço (pô, ainda se fosse O Foca...) e O Teatro de Nelson Rodrigues me gritavam que algo estava errado. Depois de pegar nas mãos “O espírito sopra onde quer” (?!) e “O conhecimento inútil”, tive medo. Olhei para os lados, cocei a cabeça, rezei um Pai-Nosso e saí de fino. Lugar mais estranho.
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Nada menos que 8 (oito) pessoas me perguntaram as horas hoje. Qualé?
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Chega por hoje. Acho que deu pra espantar o tédio em escrever no blog, passados 2/3 da minhas atribulações de pré-formanda.
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Meus agradecimentos mais sinceros (e, oh, mais formais) aos chineses e chinesas que tiveram saco em visitar esta azulada página mesmo em tempos de secura (a qual, aliás, não foi verificada nos comments, hehe).
Post mortem:
A guerra começou. O palhação texano acaba de dizer que está “levando a liberdade a outras pessoas”. E eu, uma mensagem de carinho a ele e aos 67% dos norte-americanos que o apoiaram:
I wish God damn you all
Expressãozinha que, por sinal, eles se proíbem, por uma questão de hipocrisia (Deus tudo sabe, tudo vê, sabe?). Viva a liberdade de expressão, bando de putos!
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random: Come home — James
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