29.8.02

bloco.de.notas.cidadão

Potz, que cabeça a minha!
Fiquei tão empolgada, emocionada ou sabe lá o que com aquela deliciosa canção, que esqueci de dar a indicação dos dois pintassilgos que a entoavam, com certa insistência, na paradisíaca Paiquerê FM:

Chitãozinho & Xororó

Eles são muito bons, eles são tuuuuuudo de bom. Acho mesmo que eles são tão, mas tão bons, que este orifício terrestre latino-americano em que vivem é muito chinfrin...eles não merecem esse fardo, né, moçada?
Portanto, eu sugiro que, quem se dispuser, envie sugestões aos artistas. "Brasil é fulêra, gentiiii! Vão pro extrangêro!"
So easy, so shit

Poucas coisas na vida me satisfazem tanto quanto perceber a coerência nas atitudes de uma pessoa. É claro que nem sempre isso é possível (pois acredito viver num mundo facilmente corruptível), mas tento fazer da máxima algo efetivo na minha vida.

Costumo dizer que, se o sujeito prestasse atenção à letra de uma música –e, principalmente, à da música que ELE canta –, daria uma inestimável contribuição à sua auto-coerência. Ou não, dependendo do gosto...

Hoje, grazadeus, eu percebi que estou no caminho. Busão (de novo, ele) lotado, cheiro de suor e cachorro molhado (não é européia, mas Londrina se torna uma manteigona, qdo chove...), e o atentado à cidadania estourando tímpanos mais sensíveis:

“Vem ni mim que eu to facin, facin...
Enjeitá muié é coisa que eu num faço (...)”


*

O pior é vc perceber o sujeito ao lado chacoalhando a cabeça ritmadamente, aceitando a escória sonora, ou a senhora atrás dele batendo os pezinhos alienadamente felizes.

*

[Preciso dizer mais?]

28.8.02

"Oh, abre alas..."

Que marasmo, que nada. O almoço hoje foi uma diversão só!

[queria ser mais otimista, ver mais o senso de coletividade em algumas ações humanas, mas...o que uma câmera da Globo não faz, já repararam??]

Resposta, tia: "CORROMPE ATÉ HIPPIE!"

27.8.02

Sabe que, às vezes, acho nada.má a idéia de este blog não ter a ferramenta Comments? Vai que, por ventura, acaso, talvez, quem sabe, do destino, se surgir uma possibilidade, um leitor (ou dois, pra levantar minha auto-estima, hohoho.), lê estas cousas?

A atualização, como bem se vê, não é um ponto lá muito forte... O fim de semana também não me permitiu, é verdade. Quem sabe amanhã. É, o registro pode esperar. Inversão de papéis, fragilidade humana e a grandeza de um sentimento gerando frutos: esses foram top of (my) mind nestes dois dias e meio que passei na pacata e triste Ourinhos.

É, não posso reclamar dos problemas que a agitação da minha vida em Londrina me traz. Tenho preocupações bem maiores, e mais nobres, fora daqui (nada contra os londrinenses, craru!) As quais, por sinal, me dão forças e me fazem ver pedras enooormes como pedregulhos bobos que atrapalham, mas não impedem a travessia.

22.8.02

Mal chega, já tá de saída...pior que isso, só busão UEL/Centro, às 12h30. Com sol: muito. E pessoas com o braço aberto do seu lado...: P

*

Depois desse post eu lembrei de um momento muito pitoresco no meu dia sem quaisquer emoções (até agora), quando eu esperava o dito veículo para me trazer até o longínquo centro. Sabem que o campus da UEL é uma fofura? Sim, é bem cuidadinho, uma lindeza.

Ocorre que há uns pequenos problemitchas que os olhos desatentos de um deslumbrado simplesmente deixam passar. Por exemplo: a falta de papel higiênico nos sanitários da fofucha, bizuzuca e tchutchulinha universidade. Pensando na seqüência de piores momentos awards uel, pus-me a fazer, juntamente com mi amigo, a seqüência de Piores Momentos Awards UEL segundo as leis do finado Murphy. Imaginem:

- tudo começa com uma fome descabida. É grande? Não, querido, mas eu aceito seu prato, licença?
- Filas. Vc logo pensa nelas bem grandes, correto? Esqueça. Elas são beeeeeeeeem grandes, enormes, você até vê meio desfocado o último ser da fila.
- Senhas. Você acha que isso organiza o caos, não? Pois bem, isso o caracteriza. Ainda mais quando vc constata que faltam somente 853 neguinhos à sua frente para devorar a comida das tias.
- Ah, agora, a catraca eletrônica! Que bom, mããe!!! Vou comer felizi e contenti!! Nããão, bobaum, o funcionário ainda vai te tratar mal e pedir pra vc não trocar de fila, caralh*! (não vamos reproduzir a expressão por uma questão de puritanismo. Deus pune boca suja, shhiiiu!)
- A comida. Ah, a comida. Vc a acha deliciosa com os olhos e pensa: “Guep!Guep!Guep!Hozi ta baaaaummm....”, e lambe o canto superior esquerdo da boca. Tsc, tsc. Não cante vitória fácil assim! Lembre-se: por trás de um pernil assado, há a farofa xexelenta com sobas da semana toda, do mês todo. E, se quiser piorar, é só pensar nos cãezinhos que, DE REPENTE, sumiram... q será q foi feito com eles?: /
- Resposta certa!
- O suco: um capítulo à parte, mas nem vale a pena.
- O busão. Um livro à parte.
(pausa na conversa, zoom na expressão de dúvida voraz de um dos interlocutores: “Hmmmm...não há como piorar mais, né??”)

*

Oh, criaturas ingênuas deste mundo obtuso!, reflete com seus botões o senil Mr. Murphy. Pra tudo na vida dá-se um jeito, não sabiam ainda???
Olho em frente ao ponto de ônibus. Uma pequena rotatória, várias flores, um encanto. Nisso, uma estátua suspensa a adorna. De costas para mim, parece dizer: “Sim, tuuuudo nessa vida pode piorar...”
A estátua está nua. Adivinhem para onde aponta o Sul?

21.8.02

Quem se habilita?
Alguém tem passagens de ida?

Sabe que não foram poucas as vezes em q ouvi a frase “Não se preocupa com isso, não vale a pena (...)”, na minha vida?

Pois bem, hoje, depois de muito tempo após a última tentativa (q nem me lembro quando foi), acho q consegui fazer isso.

Trabalhar com gente autoritária, arrogante e mentirosa é phoda no sentido mais fodido da palavra. Eu que o diga. O pior é qdo esse tipo de pessoa tenta cercear suas palavras, impor as dela e de leve, no fim, te coloca uma opção: ou 8, ou 80. “Posso não concordar com uma palavra do que dizes, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-la”, lembram-se das aulas de História? (deve ser Estória, pra uns babacas) Pois bem, eu me lembro. E tenho tentado fazer a máxima valer, já que, hoje em dia, acredito que ouvir uma pessoa seja a melhor forma de ela lhe compreender. O duro são as exceções.

*

Um dia eu conto isso. Quero aprender a não me chatear mais com pessoas mesquinhas, já sou meio veterana em lidar com o adverso. Só espero não me preocupar demais. Não vale a pena. Não vale.
No ouvido, pra quem quiser a sugestão:Don´t leave the light on, baby => Belle and Sebastian
(realmente, não há como ficar triste por muito tempo qdo se tem na música uma nova perspectiva pro cotidiano...)

20.8.02

Não escreveria nenhuma palavra hoje neste blog. Não mesmo. Atualizá-lo, ao que parece, tem sido um de meus defeitos...: /
Os textos de ontem sobre usuários de drogas, kits com seringas q eles recebem, aqui em Londrina, e como essa política (não despropositamente chamada de "Redução de Danos") tem sido implantada foram a tarefa da tarde. Por sinal, da tarde inteira. Teve até cena de repórter perdida na rua, olhando quase em desespero pro relógio, achando o caminho da roça, chegando pontualíssima ao encontro da fonte, e...nada de fonte. Efeito cascata, ou dominó, já ouviram falar? Pois é, serve também pras entrevistas marcadas.
O engraçado nisso (lembrem-se: rir é o melhor remédio, para não xingar.) foi ver a dita cuja (uhuu, desenterrei esse termo varonil) pedir:
- Cencinha, que eu vou anotar umas coisinhas na agenda e já falo com você, MEU BEM.
Nota da repórti: começou mal a frase (me fez pensar: "opa, q q o maridão vai comer hoje??"); terminou pior ainda (asco total aos BENS)
Câmera no rosto da repórti. Desespero sutil, quase nem ela percebe. Mas o relógio lhe dá uma gargalhada, arguto que só, e lhe lembra da entrevista dali a dez módicos minutinhos, só do OUTRO lado da cidade. Take it easy and breath deeply, mam.

*

Três horas depois, sem contar a saga “A incrível garupa do mototáxi”, com os capítulos “Ruas de Londrina: cada buraco com seu asfalto”(1) e “Oração: a cura de todos os males”(2), o fim e o começo.
Non non, nada de Rauuuul, só foi a impressão, mesmo. Conversar com alguém soropositivo há quase 20 anos, ex-dependente químico (“mas até hoje eu curto quando vou tirar sangue”) e determinadíssimo a viver (qdo os outros “chapas do pico tão tudo morto, já”), caríssimos, faz qualquer um pensar um mínimo que seja na própria vida.
Sem falso moralismo, auto-ajuda ou o escambal: aquilo me deu um tapa na cara.
Acho que todos deveriam receber uns bofetões desses, vezenquando. Faz bem, juro.

18.8.02

Domingo, de novo.
Já falei o que pensava desse dia - mais, o que pensava desse dia EM LONDRINA.
Xenofobismo à parte, malagradecimento de outro, nada contra a pequena Londres. Nada mesmo. Hoje descobri que o q tem me afligido não é o "ficar nesta cidade, neste dia", mas o sentir a vida passar, sem se fazer aquilo de q realmente tem vontade de fazer. Tipo...

...jogar pro alto responsabilidades cretinas e, se ligarem, mandar um abraço, um beijo e um brigadeiro, de brinde;
...dormir, se tiver vontade, o dia todo;
...ver podreira na TV, pra esculhambar, ou mesmo a pretexto de dormir, o dia todo;
...comer morango em tijelinha sem pensar no que fazer pro almoço;
...sair com uma mochila nas costas, grana só pra passagem de ida e fazer uma visitinha inesperada pra família. Acho que estou precisando.

*

Entrar na vida adulta, com todos os seus compromissos e dead lines, tem lá suas vantagens, isso eu posso dizer. Mas que as adaptações não são nada fáceis, ah...
Um dia eu me acostumo (e é desse dia que eu mais tenho medo).

15.8.02

Não gosto dos picos de humor. Eles me enchem o saco.
Esses dias estava no auge da euforia, sem motivo algum. Nenhunzinho, mesmo. Tanto q meus alunos até me perguntaram qual a cor do passarinho q eu tinha visto (sem malícia, eles são zentifina) : P Sabia q aquela saga do humor perdido não duraria mais 12 horas...
*
Não acredito muito em TPM, não no meu caso. Os únicos contratempos q tenho nessa reafirmação da feminilidade (hehe, tucanei "período mesntrual") são as terríveis cólicas, ludibriadas com o conjunto "chá quente/coberta por 30 min", e a maldita enxaqueca, velha conhecida (amiga, jamás) minha desde os 8 aninhos.
Pelo menos, meu mau humor é interno, juro. Fico chata comigo, me contra-argumentando em tudo q penso, ou q acabo de dizer, e nem tenho muito saco pra ouvir. Reconheço. Mas não deixo de dar atenção às pessoas, mesmo assim (nem q isso vá contra minha vontade).
Na verdade, nem sei por que escrevi isso. Não precisava, simplesmente. Mesmo assim, se precisar ou não, o problema é meu, todo meu, Amém. E salve Cristo Rei!, como diriam umas testemunhas de Jeová que, na longínqua Ourinhos, vinham me apurrinhar com seu papo escroto ("os católicos? Não, querida, eles não lêem a Bíblia...Porque, veja em João, capítulo 3 versículo 28, ele diz que...." uaaaaaah), em pleno....tcharããã!!!, ...sábado de manhã! : @
Pois bem, senhores. Podem ver que mal humor, mais q fase, pode ser acumulativo, também.
(não sei pq, mas tenho a leve impressão de q, num post bastante vindouro, eu serei um tanto contraditória...)

13.8.02

Às vezes tento entender pq muitas pessoas (não vamos generalizar....)têm, bem lá no fundo, uma certa tendência sadomasoquista. Comigo não é diferente, a ponto de ouvir (e ficar curiosa, se não me contam) piadinhas infames envolvendo sangue, cortes e seus congêneres (e olha q eu me pélo qdo escuto isso); a ponto de me importar com quem eu simplesmente eu não deveria, não devo, nunca deveria tê-lo feito, um dia. Essas coisas me chateiam....EU me chateio = /
A conformidade, que eu sempre enxerguei nas pessoas como um defeito, hoje eu encaro como uma qualidade - não das melhores, a bem da verdade, mas, se maquiada com tons de "paciência, tolerância com as mazelas do mundo, blábláblá", pode ser um incrível paliativo pra uma série de doenças muitas vezes imperceptíveis aos olhos. Perceptíveis aos meus, que buscam nos olhos alheios a verdade quase sempre nefasta do ser humano.
*
Dois Lorax e Danette gelado, por favor.
"'Fechamento de jornal 2 - O amanhã nunca morre"
Saibam q este filme é muuuuuuito divertido...hehehe

12.8.02

Uma quadra, sobe mais uma (q vale por duas, em Little Golds), desce três. Pra chegar na esquina e verificar: droga de cheques, ficaram na gaveta....aff ~:
Mais 10 quadras arriba, sol de 26 graus na moleira.Duas à esquerda, mais cinco andares pra alegria geral da minha conta bancária (té paress), 95 minutos de pura empolgação diante dos fatos q agitaram o país nesta manhã. Pit stop no trampo, meia hora de camelagem em fila de banco. Saldo do passeio: 80 pilas a menos no extrato. Pobre saldo, pobrin, probi.
Bem vindos ao dia 10 do mês.
Domingo Dia dos Pais.
Conceito relativo, esse... Mas a data existe. Meus dois pais também.
Eu trabalho. Durmo, sem ânimo pra fazer o almoço - bastam alguns morangos e tudo volta à normalidade.

* * *
Domingos em Londrina me deprimem. Gosto do ar provinciano da cidade, apesar de preferir o caos sedutor de São Paulo.Mas o universo simbólico desse dia, pra mim, nada a ver com as obrigações quase sempre urgentes dos chamados (!) dias úteis.
Desde sempre foi assim. Se tinha alguma prova na segunda, o ficar fechada no quarto, lendo, qdo o dia azul se gastava lá fora -sim, pq os dias mais lindos eram tbm os mais atribulados - detonavam o ânimo.
Hoje a situação é diferente, eu começo a ver o que me espera da chamada "vida adulta". Não era o que eu queria, pois certos valores são muito difíceis de se romper.
Agora jaz: estamos em plena segunda-feira e, pra dar um chega.pra.lá na normalidade, no classes during the morning. Melhor que isso, só dois Lorax e Sprite gelada pra acompanhar.
Feliz Dia dos Pais (dispense sempre o telefone nessa data, se for possível).

8.8.02

Engraçado observar o fechamento de um jornal...mais ainda qdo vc participa desse fechamento.
Ante a euforia de bolsa de valores (tudo bem, não há aqueles gritos e gesticulações, mas pedidos inflamadospor fotos, chamadas, etc..), até um descontrol pode passar batido, de tantas q são as atribulações. Meu profi deu provas disso, hoje, cantando e rindo e fazendo pequenas criancices enqto escrevíamos o bendito editorial ("ben", não sou louca de maldizê-lo porque ainda não acabamos!). Mais abalado que nós, ou somente rindo de ver aqueles olhos todos esbugalhados loucos por uma fotozinha cortada e encaixada no diagrama? Vai saber. O dia em q eu for professora, vou notar minhas reações pra compreender melhor certas neuras alheias.
O mais interessante de se trabalhar com jornalismo, pelo menos no q eu percebo, é o qto as pessoas (nossos receptores, pobrezinhos) são ignorantes (no bom sentido) qto ao processo de criação daquilo que, invariavelmente, terá alguns destinos facilmente traçados. Publico aqui 4 deles, assim q a tecnologia permitir a este Bloco, vcs podem sugerir outras finalidades:

1-)Papel de embrulho em açougue
» tudo bem, com as alvíssimas sacolinhas de plástico disponíveis do mercado, só aqueles estabelecimentos bem fulêras pra adotar ainda método deveras arcaico...

2-)material para reciclagem
» opção assaz politicamente correta; use agora a sua imaginação para a criação dos artefatos ;-)

3-)Recortes para professores de redação (ou qqr outra disciplina. DE HUMANAS!, até q me provem o contrário) sedentos por complementar a aula dos aluninhos sedentos de conteúdo.
» a bem da verdade, os mesmos aluninhos parecem, às vezes, querer recortes de Cars, Amiga, Pop TV, Minha Novela and so on...

4-)Material de embevecimento de alguns futuros focas
» não que todos tenham as mesmas intenções, mas q tem os felizardos pra isso, ah, tem.

E vc, o q costuma fazer com seus jornais? Entre em contato!
»»janainagarcia@hotmail.com

Ah, perceberam q não estamos em balanço indeterminado, hein? Espertinhos....
Odeio pagemaker.

7.8.02

Siguíntsi: se o prêmio da Megasena desta noite (concurso 385, R$25 mijones de reales) vir para as boas e sagradas mãos da caneta deste bloco de notas, decretado balanço por tempo indeterminado.
De tudo, E U J U R O!!!
(essa é minha promessa pra Saint Petit Longo)
Aff, q fila até pra ganhar dinheiro é phoda...
Não sei se são as filas intermináveis do restaurante da UEL (eu não aconselho vc a comer lá, caso esteja com pressa), o suco (tbm não aconselho. Dizem q tem estufalase, a perigosa enzima dos trabalhadores vespertinos) ou a correria estressante (sim, estou, quero mais horas no meu dia, já falei.).
A verdade é que em momentos assim q eu me lembro de um poeminha bastante significativo, do Paulo Leminski.

"Vazio agudo
ando meio
cheio de tudo"

Não que o Leminski seja um pessimista, pelo contrário. Tbm não sou especialista em coisa alguma pra afirmar q ele seria.
Eu prefiro o Drummond - mas no momento certo, em outro ponto da curva do saco cheio.I promise that I'll try.

6.8.02

testando novo template
Hoje ainda não sou formada, quase (conceito relativo esse, hein?).
Mas já sinto medo do que me espera, por não conseguir arrumar meia hora do meu dia pra faze uma caminhada ou, simplesmente, corrigir umas redações que me esperam há semanas com a caneta vermelha (impiedosa, ¡pero sin perder la ternura jamás!) tagarela que só.
Escolhi mal, me ferrei?, poderia pensar. Poderia. Se estivesse beudassa, pois amo a profissão, com todas as mazelas e barbaridades q possa ter. Mas é nobre, eu - ainda - acredito. Só queria ver um mínimo de luz, no fim do canudinho, me dizendo: “vai, camelinha, mas volta antes que fique tarde”. Eu volto.
Sabe que, qdo eu ainda nutria o sonho (alheio, absãrrrd) de ser uma importante dotôra de véinhos (sim, queria ser geriatra ou, também, endocrinologista.), algumas pequenas razões foram se tornando verdadeiros monstros do Lago Ness para me fazer mudar de idéia. Visse?
Primeiro, inicialmente, a priori e outras frescurits (q os adevogados devem a-do-rar, hehehe), tenho uma certa aversão a sangue. Sujeitos alheios ao que se passa cá dentro deu podem pensar q eu seja a “mor fresca” sobre isso, mas phodam-se. Tenho aflição (ou “gastura”, como horrivelmente falam aqui no Paraná) de simplesmente imaginar uma pele levemente arranhada; imagine ver correr uma fileirazinha q seja de líquido vermelho e quente (não vale o dos vampiros). Enfim, esse foi um motivo.
O segundo, e não menos importante: vida de médico, se vc já tem algum na família, ou se ao menos teve um dia a curiosidade de assistir àquele “Plantão Médico” (tá, tá, tá, eu sei q a arte nem sempre imita a vida, mas tenta), não é exatamente o modelo de fruição almejado por quem deseja um tempo só pra si. Ou para os próximos.
Solução: escolhi ser jornalista.
(e eu ainda vejo graça em piada de turco...)

1.8.02

"Faça para os outros aquilo que gostaria que lhe fizessem".

Ps.: Mesmo que vc tenha tomado muito café.
Já é de tarde.
Nem sinto minha cabeça - ela está em Orion, coitada... cansou de ver o dia amanhecer cheio de fumaça branca e "objetividade aparente e agenda setting e espiral do silêncio" pela frente. Boa. Isso é o melhor: o silêncio.
Q fazer qdo café, água gelada na cara e demais (pseudo) artifícios se auto-inibem na caridosa tarefa de manter o sujeito acordado??
E essa chuva com neblina lá fora????
Iaaaaaaaaaaaaaahh.... pq a Lei de Murphy não dá um tempo em noites pré-seminário? Ãn? Ãn?