22.2.03

RELAXE, TOME ESSA XÍCARA DE CAFÉ, EU SIRVO

Hmm. Nunca fui lá aquelas coisas em matemática - ainda mais que uma superjapamacha nos mandava à lousa pra desenhar aquelas horríveis hipérboles, parábolas, enfim, fazer aquels tracinhos que eu tanto odiava. Sim, de coração.

A dois dias do vestibular (trauma), acordei tentando matar o pernilongo da Fuvest. Estranho? Nem tanto, considerando-se que eu havia sonhado com uma vaca... transposta. Isso aí, também acho estranho. Nunca esqueço a cara do meu pai, me vendo no quarto, em pé, dormindo, tentanto pegar o maldito hexápode cantador.

Por tabela, detestava Física. Não aquela ligada ao cotidiano, a maçã caindo devido à gravidade (verdade que testávamos isso com alguns malas, sob o pretexto, c-l-a-r-o, de praticar a teoria); mas a física das fórmulas odiosas, do professor em abstinência alcoólica (a mão dele tremia, ele ficava bravo, nós ríamos, maus, e quem ficava mau, nas provas, era ELE), que volta e meia separava meu grupo de conversas aleatórias em pequenas distâncias de seis fileiras, cada membro. Não guardo rancores, mas não gostaria de passar por ele num dia chuvoso, de carro, se ele estiver a pé. Ó, que descuido!

A física nem me faz tanta falta assim; não uso óculos, portanto neca de saudade das aulas de Ótica; nem dou sopa com a maçã na mão. Se cair fica amassadinha, escolho outra. Problemas de velocidade média e máxima também eu não teria, deixo o comando do volante ao motorista. Do busão, calaro.

Por outro lado, a matemática nunca me foi tão necessária. Nas contas mensais (more com alguém de Adm - e que goste de calculadora científica - e mande esse detalhe pro saco), na minha vida de dona de casa mercadeira, nos cachorros juros do banco (graças a Deus soltei eles há tempos), na rotina de pré-formanda. Quanta malice junta, God.

Façamos as contas: cada página de word tem, em média, 3 mil caracteres. Portanto, o mínimo de 150 mil seria obtido em simplíssimas 30 páginas escritas. Hm.

Contando que eu tenho complicadíssimos sete dias pra dar conta de 130 mil caracteres (e mais umas noites de sono), são quase 20 mil/dia, ou módicas sete páginas.

Pronto. Minha capacidade vem até aqui; o bastante, já, pra eu pensar em chás de capim cidreira e sessões de choro e olheiras profundas. Quero minha mãe, Jaime!

Até porque, isso aqui já tá parecendo conversa de Galvão Boeno, mala honorário de Londrina. Nharg.

E, no momento, os cuidados maiores serão dedicados à minha garganta manhosa. Salvem as farmácias, essas parasitas.

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random: Under pressure - Queen



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