12.11.02

Morpheu de uma figa

Manhãs passadas em casa, definitivamente, não fazem o meu tipo. A bem da verdade que ainda o desconheço (oh, mundo cruel), mas já deu pra eu perceber que acordar tarde tem lá as suas vantagens... no fim de semana. E só no sábado, pq domingo tem trampo.

Hoje teria sido igual – o rádio desligado umas 12 vezes, o olho inchado, o sentimento “ai, me ferrei de novo”, e outros detalhes igualmente interessantes -, não fosse o fato de eu me lembrar do sonho. Mais que isso: lembrar dos sentimentos que eu tive durante o sonho. Isso é raro de acontecer comigo, mas sempre q vem, parece q algo me deixa estranha depois.

Sonhei com uma amigona minha, daquelas de ser praticamente da família, de se chamar de “minha irmãzinha”, por aí vai. Não nos vemos há um bom tempo; eu vim fazer facul, ela foi trabalhar em uma livraria, na tediosa Ourinhos. Quando a encontrei, procurando por um dicionário de francês, estranhei aquele uniforme, mas a gargalhada era a mesma (não por acaso, éramos as tontas do colégio, mas felizes, talvez sem saber). Ver a infância e a adolescência desembocarem de maneira tão distinta me deu um nó na garganta. “Vou ser uma advogada ferrada, você vai ver!”, ela me dizia. Eu vi. Mas não exatamente uma dotôra.

No sonho, ela vinha me visitar numa Londrina com metrôs. Non sense de cara, mas pouco importa...Agora eu fico sem saber o porquê de estar me sentindo meio saudosa, meio preocupada, meio triste pelo sonho, pelos sentimentos do sonho.Não acredito em recados dados dessa forma inconsciente, mas sei lá, umas coisas do tipo já aconteceram e eu não gostaria de repetir a dose – ainda mais que a dose me deixa apreensiva.

Ish’alla, é melhor fincar os pés logo, antes que o metrô me leve, e com aquele fantasmão dentro: lembra-se de Ghost??!

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No fone: "Sister", Nixons


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