1.4.03

Um pouco de sal grosso não deve ser tão salgado assim

Algumas coisas acontecem perto de mim eu acho que de propósito. Só pra vir aquele pensamento nerd de “putz, eu preciso contar isso no blog”. Mesmo que a sua vida, nem a minha, sejam mudadas em nada com a preciosa “informação”.

Fazer o quê? As pessoas precisam de válvulas de escape, sejam elas a porcelana branquinha do vaso, ou o teclado de um computador. Confesso que meu lado altruísta (ouviu, Cristo Reeeei??) diversas vezes me fez optar pelo violão ou por algum CD poupando, assim, meus afáveis leitores de um pouco mais de água na semana. Só não poupei o ouvido das redondezas, aaaaaaah, não. Eu quero livre-arbítrio, tio!

Tudo bem, não tem chovido mesmo.
De qualquer forma, já que eu comecei, uma questã pra lhes tirar o sossego, remover montanhas e lençóis em busca de respostas, enfim, de fazer passarinho imitar hiena: Como você evacua as emoções?

Não, não é um festival inspirado em Jackass, Hermes e Renato, muito menos em Beavis e Butt Head. Que (com exceção dos segundos) não me apetecem nadica, nadica. Apenas uma dúvida idiota de quem tem seu último dia de jornada jornalística full time. Juro que não xingo mais cotações de dólar, poupança, CDBs e afins, pra não pagar os pecados novamente.
Mas eu confesso: gostei.

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Ok, ok, não sou Machada de Assis, não tenho a mente doentia o sificiente pra plantar a perniciosa dúvida de Bentinho (Capitu’s horner) na cabeça de quem quer que seja. Sendo assim,

NADA DE DIGRESSÕES, PÔ!

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Depois de meu lado pouco afeito a diálogo e de traços psicóticos dar o fora (baby I’m a lost cause), eu conto. Eu conto que vi a cadelinha do apartamento da frente (o animal!!) entrar dentro do meu, completamente ignorante e cega pelas emoções, hoje, durante o almoço, tão logo eu lhe elogiei (digo, ao dono) a textura de pêlo tão bem cuidado. Às leitoras, explico que o tal parecia a mais bem-feita chapinha em cabelo desgranhento. Coisa lindíssima aquilo, apesar de estranho. Superficial, assim como Jacko.

Ocorre que o inveterado animal deve estar com graves problemas de personalidade; diria mesmo que auto-estima exacerbadamente na chon. Ouvindo aquilo, correu em minha direção, driblou-me pela esquerda e foi comemorar a façanha no sofá (!) da minha sala, desinfetada dos ácaros na noite de ontem. Feladamãe duma cadela ordinária.

O capítulo bobinho desta tarde acabaria por aqui, sem direito a clímax (vá ver o Expedito com a chata da Sussu Vieira, nesse caso), não fosse a resistência da cachorra em abandonar o meu recinto*. Rosnando até para seu fiel dono, o qual leva para passear todas as manhãs, ela foi facilmente ludibriada por uma porção de granola gentilmente cedida pela Ana. A reação deve ser resultado de tanta notícia de guerra, pobre quadrúpede. Ou é esse clima abestado: no RU da faculdade, as abelhas andavam atacando até alface e batatinha...

* a utilização do vocábulo aqui se justifica pela proximidade da festa de peões, que começa esta semana. Pode ser a maior da América Latina, mais pacífica que o Oriente Médio (que mentira, teve tiroteio ano passado), mas fede estrume (dos animais e da playboyzada) de qualquer jeito. Assim não pode, assim não dá!

N.A. :

Caríssimos,
a referência a Telegrama Humano do post anterior, devido à sua extrema subjetividade, foi um tanto quanto (evite essa expressão e viva mais contentinho) mal interpretada, senão apenas incompreendida. Eu pensei mesmo em algo mais explícito, com pessoas saindo rápida e miraculosamente de um envelope dos correios. Entenderam por que ninguém ganhou brigadeiro?

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Se bem que, se alguém agüentou ler isso tudo, merece a fábrica de chocolates Wonka, não apenas um mísero docinho.

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random: En el muelle de San Blas – Maná




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