E aí, já comeu hoje?
Diga pra nós, garoto parrudo e sedento por novas manifestações hormonais: já comeu a sua Kim Basinger hoje? Não? Ah, claro, desculpe a intromissão, é que dar conta (sozinho ou com os amigos) da Angelina Jolie (o pacote inclui o beição) não deve ser mesmo dos mais fáceis.
E você, garota esperta, viiiinte anos de praia (acresça, diminua ou, se a psicologia permitir, permaneça nessa faixa; a seu gosto), que vai hoje: o Brad Pitt ou o Tom Cruise?
Antes que pensem que este blog, jogado às traças junto com o pouco de humor branco da autora, está fazendo as vezes de uma casa de tolerância de luxe, com catálogos hiperdetalhados (hiper mesmo) e pratos (sim, podemos pensar que existe um restaurante acoplado) bastante sugestivos, mas não tão cafonas quanto o sushi erótico (vide guerra dominical da TV aberta), eu explico: isso não aconteceu. Aliás, que pena.
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Tudo começou há mais ou menos cinco anos, no município de Marília (interior de SP), num boteco qualquer próximo à universidade onde eu faria um teste de xisinhos e uma redação de tema podre (eu diria putrefato, até: “a globalização e eu”, dá licença); conjunto institucional e traumaticamente conhecido por vestibular; festibular, em uma derivação de tribos mais afoitas.
Bem acompanhada (e, nas circunstâncias aborrecentes, acima de tudo, longe de tudo e todos que representasse família), nos sentamos para escolher o cardápio daquele rápido almoço, haja vista que a universidade, tão pomposa quanto longe, escondia-se no bairro mais popular daquela pacata e moderninha cidade: o Cafundó.
“Pede você, qualquer lanche está de bom tamanho”. “Faço questão”. E, nessa discussãozinha tão tola quanto ingênua (pois não sabíamos a eternidade que levaria pra goroba ser servida), fui eleita a maître de momento tão importante a nossas floras estomacais, que correriam riscos terríveis, dependendo da opção. Questões de ordem (neca de ervilha, pitibiriba de ovo, muito menos), fomos ao menu (leia juntando os lábios, s’il vous plaît). “Você quer comer uma Sheila Carvalho ou uma Camila Pitanga? Me parecem boas escolhas”, falei, coagida pelo esperto engraçadão que teve a idéia su-pim-pa de dar nome aos bois. Digo, aos lanches.
E rapaz tímido, eu aprendi, uma hora acaba se revelando. E se engasgando. Tinha de ser ali, tinha.
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Ontem foi a vez de mais uma daquelas pizzarias de bairro homônimo, mas não em Marília, ter a excelente idéia de dar nome de gente do show bzzz praquelas que, pruma tia minha de Nápoli, um dia se chamaram simplesmente “pizzas”. Passando a vista nem um pouco impressionada com a treta (anunciada como inédita, como se isso interessasse no auge da fome de cão), notei alguns ingredientes que, dispostos miserável ou indecentemente em algumas opções, denunciavam o sarcasmo e preferência absoluta do(s) autor(es) por certos astros e estrelas. Num mundo muderrno como o nosso, entretanto, abster-me-ei de dizer categoricamente que mulheres elegeram os machos, e vice-versa.
Confira abaixo algumas das sugestões:
Richard Gere – mussarela e bacon
Jim Carrey – milho e mussarela
Paul Newman – molho, pepperoni, tomate picado (dã), provolone e mangericão. (sic)
Eu poderia vestir o jaleco do cursinho e dar uma justificativa bastante gramatical pra não dar confiança a estes sujeitos, mas o esquema é muito mais de coerência que de ortografia. Qualé, Paul Newman???? Na primeira opção eu diria que foram até simpáticos demais, mas isso passa pelo crivo pessoal de quem não vê graça naquele sorriso maroto de vovô sedutor. Sorry, girls. Mas daí a colocar meu queijo preferido (sem contar o pepperoni, salve) pro tiozinho não dá. Assim não dá, assim não pode.
Você pensa que acabou? Quê isso!
Julia Roberts – calabresa, presunto, cebola, pimenta e mussarela
Liv Tyler –mussarela, tomate picado (sério?) e molho
Vera Fischer – (preparem-se) ervilha, cebola, ovo e mussarela
Preciso explicar minha aversão às raízes, neste caso? Acho que não.
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Vendo esse tipo de coisa, e a série de perguntas metidas a engraçadinhas que fizeram pro Luís Fernando Veríssimo aqui, ano passado (não fui, mas me contaram), e sábado, no Altas Horas, só posso chegar à conclusão unilateral: babaca é igual em todo lugar, só muda o CEP e a cutícula do pé.
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Formatura sábado. Frio na barriga desde ontem, ao saber do misterioso TJ ao vivo, in loco, ô louco.
Um céu muito doido de vermelho se confunde com o suco de goiaba que eu sugiro pra espantar os males passageiros.
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random: There goes the fear – Doves
(desculpe o plágio, Paula, mas ela está me azucrinando o dia todo)
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