23.4.03

Isso é pra você aprender a ser menos impressionável


Desde que cheguei em Londrina que espero pra ver anunciado o show da Adriana Calcanhotto, cantora/compositora que muito aprecio. Esses dias vi a notícia de que domingo ela se apresenta aqui. Pouco divulgado, o evento (bem caro pros padrões londrinenses, por sinal - 50 pila) não passa nem perto da grandiosidade publicitária que houve quando Marisa Monte foi ao Moringão (ginásio local), em março de 2001.

Mas, como Murphy não é apenas mais uma figura mítica do inconsciente coletivo, ao partir para a perguntinha Quando?, do lead, vem na cara, em forma de tapa com luvinhas brancas, a decepção: o show será neste domingo, às 9 da noite!-9 da noite!-9 da noite!, no mesmo instante em que eu estarei esquentando a poltrona desconfortável do busão from Campinas.

NOTA MENTAL: Papai do céu, eu juro que não terei saco (não mesmo, né?) pra duas formaturas na minha vida.

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Como eu costumo dizer àqueles de quem gosto, “nada que é ruim dura para sempre”. Eu sei, eu sei que essa poderia entrar pro ranking das piores na seção Frases de Otimismo, mas insisto mesmo assim. Queria apenas fazer valer a dita cuja pra quem a fala. No caso, moi.

Por isso que, apesar de umas figurinhas ordinárias do lado de cima do continente (ou não: aqui mesmo já temos até crime organizado!), eu admiro as múltiplas habilidades do ser humano. Usando somente 10% de sua capacidade cerebral (ok, isso é relativo), ele é capaz das mais incríveis facetas de felicidade/normalidade mesmo quando, por dentro, está uma completa Tona Galea, disfarçada de Bateu Mouche, mas com aquele cais do Titanic pós-colisão.

Enjoei com essas comparações. Mas eu tenho enjoado de coisa muito mais séria, e isso é o que tem esquentado a moleira em tempos de decepções mil. Pero, "como nada triste dura pra sempre", deixa eu falar de coisas mais otimistas:

Que céu azul *lindo* tem feito esses dias.

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O dia em que você descobrir o elixir que cure as tristezas do coração, traumas de uma cabeça doente e sarcasmos inúteis, por favor, entre em contato pelo nosso SAC.

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random: Cantada – Adriana Calcanhotto

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Nem se iluda, que a acadimia não vai gostar (mais uma vez) de filme com nêgo feio e pobre. Essas coisas não existem, lembra?



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