16.4.03

Como quisiera poder vivir sin vecinos


Meus vizinhos são estranhos. Os do andar de cima andam brincando de testar os nervos de seus semelhantes, mas são muito out pro meu gosto. Ê povo pra gostar dum tamanco, Disus.

Ainda dou uma voadora nesses barulhentos.

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Seis da manhã. Como de rotina, a pequena Janaina dorme seu sono profundo, permeado por sonhos dos mais estranhos, para não fugir às regras de Morpheu. Aliás, talvez isso explique o fato de ela tomar banho dormindo todos os dias.

Mas são seis da manhã. E essa informação não esta aqui por um acaso do destino. (A menos que estejais voltando da balada,) Que fazeis a essa hora, meus pequenos? Quê? Ahn? Dormis? Alones (sic) de marré deci, ou acompanhados, creio que a disposição nesse horário, ainda mais com o friozinho anunciado (eba), seja mesmo a de se afundar no cobertor e curtir os últimos instantes até que o pirracento do rádio-relógio comece a gritaria, aquele mal-amado.

Eis o meu início de dia. E as ¡seis da madrugada! de hoje seria novamente a merrrma diliça de sono, não fossem eles. Sim, os vizinhos – desta vez, os do andar de baixo (sugestivo, isso).

Um parágrafo de justiça, apenas-e-tão-somente: a culpa não é da vizinha em si, mas do querenzo que ela arrumou. Portanto, culpa de ambos!

“Alegando uma paixão ‘absurda e descabida’ pela estudante Clarisminda Acordante (nome fictício), o jovem Ariovaldo Canastra (idem) deu uma prova inusitada do sentimento, na madrugada desta quarta-feira, no centro de Londrina. Munido de um carro de som, um buquê de rosas vermelhas e uma enorme cara de pau, Canastra fez jus ao sobrenome e cantou a música ‘Carla’, da banda LS Jack, à namorada, que ainda dormia.

Os moradores do edifício, confusos com a barulheira, acabaram acordando e foram a platéia do mini show proporcionado pelo estudante. 'Pensei que fosse mais um dos meus sonhos estranhos, mas agora vejo que é um pesadelo’, afirmou, bastante transtornada, a jornalista Joaninha Gamela.

Terrorismo? – Pouco afeita a essas demonstrações em público (‘exagero de merda’, alfineta), ela promete vingança, mas não especifica que atitude pretende tomar contra aqueles que a fizeram, literalmente, madrugar.

Entretanto, nada de anormal havia acontecido até o fechamento desta reportagem. Nada, além de um forte cheiro de pólvora que vem daquele ponto da região central, avisam os Bombeiros. Nada, além de Canastra chegar à nossa redação reclamando de dores musculares, falta de ar, tosse seca e uma febre que já passa dos 38 graus.”

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Ai, que tédio. Vamos ver se isso passa vendo uns beijinhos, ahn, inusitados do Rodrigo Santoro em mais uma super-sessão-matinê para desocupados vespertinos e redundantes. O desconto é a qualidade da companhia – brigada, Disus!

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Você achou o humor negro de mau gosto? Que isso. Eu digo que estou em fase de aprendizado: gosto altamente duvidoso foi o da Folha, que pôs no destaque de hoje cedo a foto de um menininho iraquiano sem os dois braços. Sem curativos também, isso mesmo.

Nessas horas que eu me pergunto o que são

1-) Estômago forte (isso, de fato, eu desconheço)
2-) Ética profissional (apesar de “foca”, tenho uma noção minimamente decente e até careta disso)

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Até a volta, cumpadis. Que o coelho da Páscoa não os seqüestre antes do domingo, hehe

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random: Vivir sin aire * – Maná

* coerente ao meu estado emocional e à semana regada a tortilla, chilli hiperfuerte (aaah) y otras cositas más. É, agora Janaina é cozinheira – o bacalhau que me aguarde, aquele durango.





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