Raspa o mofo daqui, ó. E aqui, e mais aqui
Céus. Pela madrugada. Pela mãe do guarda. Deus amado. Jesus-Maria- José. Acuda. Socorro!
É, a lista de interjeições de espanto seria interminável se eu decidisse pôr todas as alternativas possíveis.
Se você estivesse na minha situação – e na de outros quase 600 mil habitantes desta cidade –, seria fácil entender comportamento tão redundântico no trato às palavras.
Como chove, minha gente. Como chove.
E não é falta de assunto. Eu juro. Queria falar do super queijo favorecido por super-vacas transgênicas; ou do tratamento xenófobo que o ilustre presidente do PT recebeu em terras gaúchas, com um ovo na testa, tchê (talvez porque não estivesse usando bombacha, mas bah), ou, ainda, da iminente guerra que uma criança mal-criada, má e birrenta anda querendo fazer por terras de tio Saddam. Que ganas de socar este pimpolho...
Viu só? Falta de assunto não é problema. Avaliado o quesito “grau de interesse” que você julgue nos participantes, entretanto, pedimos a gentileza de não se manifestar.
O fato é que, mesmo privada de um (valeu, God), já estou sentindo dores sacais incríveis de olhar pela janela do quarto e ver... nhaaargh, não ver nada, porque a paisagem está simplesmente branca. Inundada de uma chuva chata, intermitente e, pior, que me castiga exatamente nos momentos em que dou aquela saidinha furtiva.
Talvez seja Londrina se rebelando contra os rótulos de “Pequena Londres”. “Querem chuva? Querem fog? Pois bem, seus pilantras que nem feriado me deram no meu aniversário. Tomem isso. E mais isso. Ua, ha, ha, ha, ha...” (...)
Não, de europeus não temos nada (não falo pela raça polaca, não sou estúpida), quem dirá o clima. O fato, eu repito, é que me enchi dessa chuva. Olhei as axilas hoje pra ver se não estavam começando a embolorar; os dedos dos pés, se não indicavam sinais tímidos de esfarelamento; o cabelo, se não dava os primeiros gritos histéricos clamando pelo fim da hidratação forçada. Está tudo úmido, tudo mesmo. Até este blog, aguado que só.
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Se alguém souber uma simpatia (menos a de Santa Clara, faça-me o favor) para dias mais sequinhos - não esturricados - voltarem, prometo como prêmio uma sombrinha preta seminova, com um botão porreta que fecha a dita cuja. Fácil, rápido e sem sujeira! Enquanto isso, acho que vou tentar uma dança da chuva ao contrário, com homenagens ao deus sol do império Inca. Vai que ele me ouve e, como brinde, ainda me manda pro Havaí?
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Lula, me leva com você pra Davos. Me leva que eu vooooooooou, o, oooou
(olhe o que a água no hipotálamo não faz.)
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random: Who’ll stop the rain – Creedence Clearwater Revival
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