17.7.03

A primeira noite depois de muito tempo

Minha primeira experiência como produtora de programa jornalístico foi em rádio, no (pra mim, tá?) já longínquo ano de 2000. Divertido, mas trabalhoso (como tem que ser, se tiver que prestar), o rebento era um documentário sobre a autonomia feminina, com os devidos espaços preenchidos (e os que faltavam ser) por nós (licença, homarada). No fim, sangue, suor, lágrimas e noites em claro da equipe teriam de ser coroados com um título minimamente coerente. Pouco adepta de Coca-Cola que sempre fui (aquilo é desentupidor de pia, sente só), a qual fui meio que obrigada a tomar naquelas longas noitadas de diversão intelectual (roteiros longos não são legais, não são), sofri o impacto n’alma, acompanhada de meu fiel escudeiro, o co-produtor Du, na engrenagem do nome: “A força do sexo frágil”.

Pois bem. Três anos depois, além de achar isso tudo brega até a cutícula do dedo mindinho do meu pé esquerdo (mas, ok, reconheço: minha consciência é uma pluma francesa), eu chego à conclusão de que, uou, essa pecha ainda predomina nalguns setores nunca dantes superados por nossas representantes da TPM. Sim, minha pequena, não te aflija. Sê humilde e reconhece que inocentes partidinhas de futebol diante de homens bobos e maus exigem, sim, que proves tua força. Caminha adiante, altiva, e avista a cruel verdade: destreza também não te faz mal. Bem como preparo físico, tática de jogo, noções de posicionamento, até a comemoração do gol. Ou seja: pequenos detalhes que não fazem mal a ninguém que queira se aventurar por terreno tão ardiloso.

Agruras, agruras. Minhas pernas dóem como nunca, essas safadas.

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Diria aquela personalidade bigbrotheriana, num lampejo de sabedoria matuta, que muita coisa nessa vida “faiz parti”. O mel no convívio social nos expõe a provas das mais ridículas, é verdade, mas quero crer que ontem cheguei ao fundo do cacho. Tem como descer mais?

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Tem, basta repetir na próxima terça o grande confronto com aquelas que, como jogadoras de futebol, são ótimas jornalistas. Realmente, a Folha tem uma equipe surpreendente, não é folclore. E das mais divertidas também, já que até platéia tivemos.

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Essas safadas dóem, e Sampa daqui a duas semanas. Elas que se regenerem, essas pilantras, porque antes disso eu preciso caminhar para os afazeres mais simples.

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Só mais uma coisinha: sexo frágil o escambau. Eu nem vi estrelas, pô.

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SERVIÇO DE UTILIDADE PÚBLICA:

Ahn? Sério?

E, Notinha Mental: Oxalá minha conta me permita a pequena luxúria de visitar a cidadegrande dois meses consecutivos. Seráááá ...?
que existe vida.... após o parto?

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random: I fought in a war – B&S

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