Entre parênteses
Comentando sobre o show de uma banda fofa em setembro, ontem, eu ouvi isso:
– Tenho ódio do Radiohead, do Coldplay e de tudo que é banda depressiva. Ódio. Perco o controle, tenho ódio, ódio, ódio. Vamos mudar de assunto?
Ainda bem que tinha soltado só uma meia dúzia de palavras. Ensaiei uma argumentação do tipo pessoas são diferentes/tudo bem, pessoas gostam de coisas diferentes/(ok, ok, tenho pena de algumas pessoas)/pessoas têm sentimentos distintos em relação à música, patatipatatá.
Depois de descobrir que meu sucinto interlocutor
1– é fã incondicional de reggae, xote, baião, pagode, samba e pop nacional ATUAL e
2– tem uma namorada que tentou suicídio ouvindo “OK Computer”,
entendi que sou devagar, bem devagar, bem devagar, bem devagar, devagarinho pra desistir de um objetivo. Tive que abrir mão aqui, pois não quero evangelizar prego, muito menos tenho batina pra tal.
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Sempre fazem aquela piadinha super criativa em relação a um de meus sobrenomes. “Ah, sei, teu pai é dono da viação Garcia, né?”, 3 em cada 2 babões me lascam no ouvido. Presta atenção, garoto: o dia em que meu pai me cobrar 110 pilas pra uma viagem até Sampa (a qual aproveitarei DOIS longuíssimos dias, poutz), eu me deserdo. E ainda peço o ISOPai de volta.
Ele não seria tão mau com a filhota que não vai pra casa no segundo domingo de agosto (mas que sabe o presente que ele quer, hehe). Seria?
Anyway, faço o teste só depois de a encomenda do Sedex chegar.
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Se os gostos são diferentes, benza Deus, digo que, pra mim, o sujeito que emprega a pontuação (essa relegada a segundo plano, pobrezinha) corretamente merece confetes coloridos da minha sacolinha branca cor de poodle. Não me pergunte o porquê; só sei que foi assim.
Um dia, então, eu tento entender minha incapacidade de escrever sem usar parênteses, esses mequetrefes atravancadores de texto (imagina).
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Festinha hoje à la anos 70. Uhu!
Trampo amanhã cedo, sono acumulado e mais ene coisas por resolver até... hm, amanhã. Ugh.!
Nessas horas eu consigo ver uma listagem completa de motivos éticos clamando desesperados pela realização da clonagem humana. Aí me lembro da seqüência do elefante (que “...incomoda muita gen, teee... dois elefantes incomodam....”), e meu lado Antinori-radical-sanguinolento vai embora rapidinho. Pensando bem, melhor não. Ou meu pobre maninho, sobrevivente de guerra, teria desertado há moito do posto.
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random: Myxomatosis – Radiohead
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