18.7.03

Aguarde um minutinho, senhora

Por um baita acaso ouvi ontem no rádio que reclamações de clientes dos sistemas de telefonia parecem ter perdido um pouco da burocracia, já que o Procon andou agilizando as paradinhas judiciais contra esses malas.
Não bastasse pagar mais caro numa droga de aparelho só por ele ser pré-pago; ter de aturar uma bateria bizonha que dura no máximo DOIS! longuíssimos dias (e que, claro, me deixa na mão naquelas ligações mais importantes); esperar o sms que não vem (e ser obrigada a ouvir a atendente me perguntar “como que a senhora faz para ler suas mensagens no apareeeelho?”, aff), tenho hoje a felicíssima notícia de que meus créditos, bem guardados que estavam, tiveram o segundo arrastão à la Fernando Collor em menos de dois meses.
Quando eu falo que a vida é feita de despedidas, não estou brincando. Mas nesse caso, se despediram e nem me avisaram, calhordas.
Logo me despeço rumo à China, vocês vão ver.

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Hoje eu vi uma cena na rua que me lembrou o grande teórico da classe média lebloniana, Manoel Carlos (ok, forcei um pouquinho) .
Por sinal, foi bem em frente ao colégio de freiras aqui perto. E ao lado do bosque que (de frente para o antro religioso – rárárá), à noite, seres de intenção pouco cristã fumam suas substâncias perniciosas. Bando de pecadores.
Era perto das nove da manhã. Ao longe, esta escriba (essa palavra me lembra o Brasil Colônia, don´t know why) avistou uma senhora de seus 50 anos (estaria ela embebida em Renew? Oh, será?) sacando, sorrateira, uma daquelas garrafinhas de bebida e dando-lhe uma golada de fazer inveja a muito bebum que eu conheço. Aliás, sempre achei que aquilo é frasco de perfume.
Pois é. Se a vida é foda - diria alguém a alguém que não agüenta mais ouvir isso - tenho medo de imaginar como é a da tiazinha da bebida.

[ Não, pequeno. Aquilo não era Taffman, nem chá de poejo, antes que você me tache de maliciosa. Eu vi a expressão de Santana depois, eu vi. ]

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Aulas de alongamento são verdadeiras bênçãos quando se precisa muito de um encontro providencial com elas. E são as mesmas que mostram o quão limitado é o ser humano, seja para levar os braços até atrás da nuca, seja para encostar o cotovelo no chão, naquelas posições mais cadelas.
Eu hei de melhorar, eu hei de melhorar, a neurolingüística me disse!
(passar frio nos dedos da mão, adverte o Ministério do Bom Senso, é um perigo pra cabeça)

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random: Rebel Rebel - David Bowie

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