Deus ajuda quem é esperto e dorme, isso sim.
Acordar todos os dias pelo menos 30 minutos antes do que eu estou acostumada tem sido uma meta arduamente perseguida. Na verdade, se isso realmente acontecesse, não faria nada mais que seguir os gritos do relógio. Atrasada desde que me entendo por gente (se bem que, sobre isso, tb tem havido controvérsias, para o regozijo do cartão-ponto) – não por acaso, eu nasci às dez horas e DOIS minutos –, a meta agora é me dedicar a pequenos exercícios localizados e a outros que me dêem aquela forcinha básica nas benditas questões ergonômicas. Retiro o que já disse: em outra vida (não, não creio nessas coisas) eu já nasço casada com um fisioterapeuta de RPG. Sim, desde o ventre, minha mãe que se vire.
Ocorre que, num desses despertares plenos de energia (oh, a labuta me deixa sentimental), eu preciso ouvir algo que não sejam os pequenos ruídos de meu sofrimento. E eu liguei numa dessas FMs, à espera, ingênua, de que ao menos um radiojornal estivesse agonizando em seus últimos minutos. Rá. Rá. Uma paródia de Velha Infância, dos superaclamados Tribalistas (homenagem a você, truta...hehe), me lembrou de uma aborrência em que, sim!, eu gostava dessas versões toscas. Tanto que tinha um caderno só pra elas, redigidas a duas, quatro e, quando mais gente ficava sabendo desses pequenos motins contra a peãozada fã de Daniel, dez mãos. Uau, bons tempos. A gente era feliz e não sabia o cacete, eu sabia muito bem e aproveitei parva e profundamente essa fase.
Passado esse pequeno flash-back (o queeeee, eeeeeu, fazendo isso???), eu só queria..., como diria o jovem Cirilo, registrar que:
1-) certas canções em inglês deveriam, sim, ser traduzidas para o português. Principalmente aquelas que figuram nas infames seções “As 10 mais”; principalmente aquelas entoadas (ahn?!) por gogós dignos de nota como Bon Jovi (que o Word, tarado tendencioso, insiste em grafar “Bom”) e outros mais da espécie. Traduzam, pequenos, e veja quanta coisa buniita que sai.
2-) aliás, antes que eu me esqueça, se isso de fato acontecesse – ou seja, cantar uma música prestando atenção ao que ela diz –, talvez Sandyjúnior e mais uma renca de leprosos seriam tão reais quanto curupira, caipora e saci-pererê. Isso, é claro, idealizando um público livre de todo e qualquer masoquismo.
PS.: A inspiração para o registro acima é livremente baseado em versos como “outono é sempre igual, as folhas caem no quintal/(...) felicidade é uma quimera”, ou (vem comigo, vamos descer mais um cadinho) “a moda agora é / é namorá pelado”. Reclamem com os autores.
Ugh.
NOTINHAS MENTAIS:
Ainda bem que aquele cartão viadinho chegou.
Feriado em Londrina, amanhã?? Hã?? Héin? Cuma?
Almoços de 10 minutos não me apetecem, no más.
Hacker amaldiçoado, eu quero meu icq de volta.
Santistas: chamem o Batman, hehe.
NOTINHA ULTRA-DERRADEIRA E PLENA DE HUMILDADE:
Janaina, sua perva.
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random: Phantasies – Stephen Malkmus
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