A vida é afeto e desafeto. Apego e desapego.
Distração e diligência. Pressa e educação.
Definições e indefinições. E escudos nos quais elas se transformam, sempre que conveniente.
"É um contentamento descontente / é dor que desatina sem doer", não, gajo?
É uma ansiedade por um futuro feliz, com o passado restrito ao particípio e o presente no indicativo do fluxo a se tomar. É um exercício frequente pra que essa ordem seja seguida, já que raro o é. Pode dar certo correndo muito, muito, até o pensamento zerar e voltar a partir do ponto de agora. O ponto presente.
No fluxo desse rio há as margens nossas de cada dia. Maria, a faxineira da academia que me recebe com um sorriso e um abraço, é um pedacinho dessa margem. As pequeninhas com quem brinquei de esconde-esconde ontem (céus, fazia anos...), naquele meio já tão familiar, lembraram que existem bóias com águas agitadas e com águas calmas. E o melhor: existe gente disposta a jogar as bóias.
A vida é movimento. É encanto e desencanto, é pôr-do-sol e é marola. E justamente por ser um ciclo, mas não sentença final, é que o dia que amanhece na sequência tem o dom de energizar para o recomeço e fazer ver quantos precisam da gente, e vice-versa, e o quanto esses quantos são necessários pros contrapontos não deixarem a água parar.
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água doce - roberta sá e trio madeira brasil
22.8.10
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2 comentários:
querida parece que você leu meus pensamentos...era de uma mensagem dessas que eu precisa justamente hoje...obrigada! bjocas
Oi Jana, bacana receber seu sinal! Dei uma olhada do seu blog (que certamente merece um olhar mais atencioso que não nesses dias meio insanos..rs) e já curti. Escorpiana profunda, não?rs.. Bjos e até breve
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