28.7.09

por quê? / pra quê?

"ignorante"
"página de papel rasgada a ser recomposta"
Duas fantásticas expressões da série "Como começar seu dia na lama e terminá-lo na penumbra da dúvida". Adquira as suas você também! Kits promocionais delivery.
ps.: não entrego nem a pau.

*
Choveu tanto, mas ta(aaa)nto, que, além das piadinhas bolorentas, estão de lascar também - literalmente, perdão o trocadilho - algumas ruas no centro, que chegaram ao paralelepípedo. De verdade: se vê o miolinho delas. Em outras, nas manhãs de neblina intensa, cena chatinha ver o pessoal passando em buraco cheio de água suja, em frente a ponto de ônibus, molhando o cidadão que aguarda piano pra ir ao trabalho, à escola. Presenciei três dessas, em menos de 24 horas.

*
Ainda no trânsito, algumas vezes eu me divirto, outras (muito mais, é verdade) me irrito bem com a capacidade do serumano aprontar aquilo que se vê nos estábulos da exposição rural, de forma mui caprichosa na forma e quantidade, mas sobre duas pernas. Gentilezas, ou, a bem da verdade, obrigações, são raríssimas. Uma das avenidas mais movimentadas daqui, por exemplo, famosa pela concentração de hospitais e clínicas, está famosa também pelos atropelamentos de gente que acabou de sair de consulta - em geral, idosos e mulheres com crianças. 'Paciente', esse pessoal buzina - não, não tem placa dizendo que é área hospitalar - e aproveita ass lombadas pra acelerar, pedindo pressa. Coisa boa, essa lombada.

Hoje, distante dali, enquanto contornava uma rotatória - e não é possível que essa regra já tenha mudado, pensei -, o sujeito da outra mão entrou com tudo, sem sequer olhar pro lado; braço de fora. Diante da reação, deve ter elogiado bastante toda a geração de progenitoras da família, mas fiquei intrigada com a cara dele, algo na linha: "o quêêêêêê, uma mulher reclamando? Se toca!", pra ser sôper fiel às expressões coloquiais. hehe. Dois dedos nos olhos, dois dedos pra ele, se liga, malandro. Es nosotro en DVD. Ali também não tinha placa de área hospitalar...

*
"Tava com 1800, agora, 4000 leucócitos. Vai dar."
Antes do dia acabar -porque o meu só acaba quando aciono os três despertadores -, uma expressão começa uma série nova que, ainda que eu desconheça por ora o nome, desfaz boa parte daquela penumbra da série velha. Oh, God, obrigada.
*

Sometimes - My Bloody Valentine

2 comentários:

Regiane disse...

Queridona,
Crônicas de uma mulher no volante! Isso aí é pouco perto do que é SP, fia! Duro ter que ficar engolindo sapo pra não tomar um tiro no meio da testa!

janaog disse...

e eu não sei? tenho tremores no pédouvido só de me imaginar numa marginal Tietê da vida, curu!
mas ano que vem tô aí, a bandidági que se cuide, hahaha!