O dom com as mãos, herdado de gerações, mostra a ela que ainda há muito por fazer. Muito a que se agarrar. Muito a ofertar, porque há quem o receba. E nada no mundo pode apagar isso da memória, que é passado, mas também presente.
Minha mãe é uma mulher de fibra, e, se tenho muito ainda a aprender pelos anos da vida afora (30? 51? Menos ou mais de 100? Não importa), cara nas portas ou flores às mãos, creio que essa lição já aprendi. Venho aprendendo, desde que me entendo por gente . 'O vento pode até nos vergar, mas quebrar, não', insiste ela comigo. Eu tento, mãe - enquanto, do seu lado, sei que não desiste de mim.
E o mais bonito disso tudo é que aprendemos juntas, não importa os perrengues que uma ou outra estejam passando, ou tenham passado. Esse amor é eterno. E ao contrário do que o mundo tenta ensinar, dura ainda que o caminho seja espinhoso. Talvez por isso valha o nome.
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21.7.09
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