9.3.07

vaporeto nele!

Poxa. Esse blog, que um dia foi quase diário, agora tem atualização praticamente anual. Mais um pouco e ele segue a regra da CNH, pode crer.

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Fazia tempo que não passava aqui, e qual não foi minha surpresa ao notar, pelo contador, que há gente que tem passado mais que eu? Fui lembrar do empoeirado, esses dias, quando uma amiga pensava em nomes praquele que deve, eu espero, ser um blog futuro.

Meu capetinha-caramunhão me diz que quem vem aqui veio sem querer, pelo Google. Meu anjinho-poliana diz que não: são os antigos (iiiiigos) leitores de anos passados. Coitados, um dia perderam tempo aqui.

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Engraçado como o tempo passa - rápido, cada vez mais rápido - e algumas emoções, olhando agora, só mudam as vestes. Aquela música, aquele vazio ou aquela euforia, aquela sensação do lead infinito sem resposta não são tão diferentes, apesar de as situações mudarem um bocado.

O que me parece cansaço físico, às vezes, se revela uma vontade tão inexplicavelmente grande de dizer 'chega' a algumas situações que esgotam que coloco a mão no peito e vejo o quanto ela pula, embalada pelo músculo-bombeador. Outras vezes é a gana pelo 'sim' às que, quando menos espero, fazem eu me sentir ridícula por perceber, num dado momento, que estou ali perdida há minutos, pensando, lembrando, feliz.

Pensar demais, dizem, é sério demais, pois pode mover muros em direção ao meio do caminho. Se eu não agisse assim, imagino que os muros hoje estariam 1-) derrubados, substituídos por jardins, ou 2-) protegendo pra sempre uma casca de ovo.
Mistérios da meia-noite.

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Mais de um ano depois, porém, adversativas como essa vão ganhando um sentido mais luminoso no meio de expressões queixosas. A vida é um filme por vezes cansativo, mas sem problemas de territorialidade na divisão daquele bendito braço único de poltrona.

Sim, sim.

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random: Until the end - Norah Jones
Like a child, you forget,
But I remember everything...and every sting.


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