Sonhei com você e li seus e-mails antigos. Surpreendi-me
com as feridas que o tempo cicatriza e com as nervuras que ele faz, por outro
lado, sobre a terra que agora está seca. Acho que a surpresa maior foi por
descobrir que aquela pessoa de outrora morri. Morremos.
“Às vezes, não sempre, acontece” de a moça ter esses
devaneios. Aí ela olha pros lados, pensa no quão estúpida é a palavra humana e
segue limpando o caminho. O caminho, aliás, como eu disse, é de terra.
*
Muita poeira por aqui, mas a lembrança do velho blog é
uma coisa assim: uma lembrança. Acho que sou a única leitora dele e considero
isso muito vantajoso, ainda que possa estar equivocada, pra um lado e pro
outro.
2013 também deixa nervuras na minha antiga terra úmida.
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