10.12.09

sem papel de presente

- a vida é movimento
"Quem pariu Mateus que o embale"
- a vida é movimento
"Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas"
- a vida é movimento
"Só se pode viver perto do outro, e conhecer outra pessoa, sem perigo de ódio, se a gente tem amor"
- a vida é movimento
"Nada pode o olvido / contra o sem sentido / apelo do não"
- a vida é movimento.
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Eu vejo Mateus ser embalado e o embalo. Cativo o que pode ser um fardo ou "um descanso na loucura" sobre minhas costas ou parado na garganta. Não tenho ódio, graças a Deus, porque alguma coisa ainda me faz crer que nem tudo nesse mundo cão está perdido. Quase perdido? Vai saber - pro totalmente, faltam algumas léguas das quais quero outras de distância. Acredito mais (ou menos) do que deveria acreditar, duvido menos (ou mais) do que deveria duvidar, entendo cada vez menos (ou mais) de livre-arbítrio de cima de um muro a despencar e corro, porque é em movimento que eu quero ser, também, espectadora dessa descoberta caoticamente organizada a se embalar.
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Mais alguém - Roberta Sá

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