15.8.08

sublingual pra super trouxa

Coisa mais bonita de ver o nadador chorando na água pela medalha sonhada por tanta gente. Tão discreto. Um vencedor, no sentido amplo da palavra.

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Na vida de estudante de curtíssima temporada, me assusto com as opiniões de gente que deveria formar cumpridores da legislação acostumando-os, desde cedo, com a lazarenta idéia do jeitinho: 'com o tempo tudo se minimiza', ele explica, 'porque nada nesse país segue a sério com afinco, esmorece'. Jesus, como achar que o problema está só em Brasília, com esse tipo de atitude?

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A lua. Técnicas avançadas de como se deletarem arquivos (ainda testo a eficácia das mesmas). Aqueles dois amigos que eu amo como à irmã que não tive, ou como um irmão mais velho, tão carinhoso. Clonazepam. E alguma sanidade - o suficiente pra eu sustentar os vícios e necessidades do capitalismo. É disso que preciso.

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random: Minha herança: uma flor - Vanessa da Mata

6.7.08

insônia

Enquanto eu testo o novo equipamento, me lembro do sujeito que achou a coisa mais normal do mundo a peça da loja dele custar quase o dobro que o registrado a poucos metros dali. Pensei em quem se submeteria a isso - será que o faz conscientemente, ou não? O pensamento logo some. O sono é forte demais.

Ando. De repente, percebo que não tenho aquela vontade de olhar quem está passando ao meu redor, tampouco de cruzar com o pensamento de quem atravessa o caminho à minha frente. É o horizonte frio do ponto-cego - só este - que me interessa. A cabeça, longe, às vezes lembra de novo que o sono é forte demais (assim como a lembrança do olhar outrora tranqüilo, a qual teimo em nocautear: duas fechadas de pálpebra e uma idéia cruel, e ela se enfraquece de novo). E eu volto à minha condição.

Senti o amor como achei que não sentiria, no que de bom e ruim ele pode ofertar (se é que, sendo amor, traz mesmo consigo este ranço). Um sono terrível me fez acordar agora pro medo que, este sim, não prega os olhos: saudade tem cura?

(escrito em 5/7/08, sábado)

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Supersonic - Sonic Youth

1.7.08

Será que a vida um dia deixa de ser essa onda besta de interjeições?

1.1.08

pequenas certezas que aquecem e gelam a gente

Primeira noite do ano. Falta algo aqui.
Primeiro post do ano. Falta assunto? Não, falta o ímpeto de escrever tudo o que penso, com todas as confusões que me aceleram o coração, gelam minhas mãos e me dão aquela sensação de que não, não posso planejar o dia de amanhã.
(Bem que eu gostaria.)
Gostaria de segurar sua mão e andar - sem rumo, sem prazos, sem senões e sem fantasmas. Mãos dadas com a certeza da pureza do sentimento, com aquela vontade da dedicação e do zelo.
Que é o zelo?
Dedicação a quem? A quê?
Bem sei: o coração não mente as respostas que guarda para si.

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random: Descansa coração - Fernanda Takai